Está aqui
Despejo de família do bairro social de Silvalde com violência policial

A Câmara Municipal de Espinho ordenou o despejo de uma família do bairro social onde habitava, na freguesia de Silvalde, concelho de Espinho. A ordem de despejo ordenava a saída da habitação para as 9h desta terça-feira, 17 de março.
Estamos a falar de uma família composta por uma mãe solteira e duas filhas menores, que têm como único rendimento o RSI e que sendo expulsa desta casa não têm para onde ir.
A Câmara Municipal de Espinho mostrou total insensibilidade para com esta família e para com os mais pobres do concelho; mostrou ainda a sua face violenta contra quem não tem como se defender. Foi violenta quando ordenou o despejo de uma família, sabendo que assim a estava a condenar à miséria absoluta e mostrou a sua violência quando fez acompanhar a ação de despejo pelo corpo d intervenção da PSP.
As forças policiais, chegadas ao local, começaram a carregar sobre os habitantes do bairro social que se manifestavam contra o despejo. Estamos a falar de muitas mulheres e idosos que sofreram a carga policial a pontapé e à bastonada.
A forma como a Câmara Municipal trata este assunto exige explicações da mesma porque não se podem tratar problemas sociais com a policia, nem problemas de habitação com chantagem e violência.
O líder parlamentar do Bloco de Esquerda Pedro Filipe Soares questionou, nesta terça-feira de manhã com caráter de urgência, o Ministério da Administração Interna (ler aqui as perguntas) e a Presidente da Câmara Municipal de Espinho (ler aqui as perguntas).
Artigo de aveirodistrito.bloco.org
Comentários
São denúncias como esta que
São denúncias como esta que fazem do Bloco de Esquerda um partido-movimento útil e necessário. Aliás, e porque se menciona o RSI (prestação social de miséria), na próxima legislatura ou se calhar até mesmo nesta o BE bem que podia começar por mover esforços para que: 1) fosse declarada a inconstitucionalidade do regulamento do RSI aprovado pela SS de Mota Soares à luz da jurisprudência do TC durante o consolado Bagão Félix; 2) o RSI (Rendimento Social de Inserção) fosse renomeado ou para Rendimento Mínimo ou até, quem sabe, para Rendimento Básico. Os beneficiários do actual RSI não são criminosos nem excluídos sociais (terminologia inoculada pelo aparato ideológico-académico do neoliberalismo), pelo que não precisam de ser inseridos socialmente. Goste-se ou não de o admitir, já estão inseridos, apenas em situação de pobreza ou miséria extrema.
Eu sou de esquerda mas não
Eu sou de esquerda mas não posso nunca apoiar quem deliberadamente incorre em ilegalidades.
É justa a "chico-espertice" de "saltar" a lista de espera de acesso à habitação social?
Não é isso violar o princípio da igualdade?
O meu apoio ao comentário
O meu apoio ao comentário apresentado por Joel Ferreira.
As atitudes desumanas da CM ESPINHO e das forças policiais merecem a nossa veemente condenação.
Convém contar a noticia toda....
A frase que colocam "Estamos a falar de uma família composta por uma mãe solteira e duas filhas menores, que têm como único rendimento o RSI e que sendo expulsa desta casa não têm para onde ir." é mentira segunto a notícia http://www.espinhoalerta.pt/?p=2705, nomeadamente " foi proposto à Juliana Ferreira que desocupasse a casa em questão e que se transferisse provisoriamente para um T0 no Bairro da Quinta em Paramos. Alegadamente, estaria a ser tratado com o IRHU a atribuição de uma casa no Bairro Piscatório à Juliana Ferreira."
É de facto uma tragédia, quem não tem posses e precisa de ajuda, mas a forma como colocam a notícia usa técnicas antigas de lápis azul, para servir um objectivo....
Adicionar novo comentário