O grupo britânico Menzies Aviation, proprietário maioritário da Serviços Portugueses De Handling, ex-Groundforce, comunicou aos sindicatos que vai proceder “durante os próximos meses” ao despedimento coletivo de trabalhadores para atingir a meta que fixou de cortar com 300 postos de trabalho.
A empresa britânica comprou 50,1% do capital da antiga Groundforce em junho de 2024 com os restantes 49,9% a permanecer na alçada da TAP. Comprometeu-se na altura a “reforçar a capacidade de handling para a aviação em Portugal”, investir “em tecnologia avançada” e “apoiar o desenvolvimento do pessoal”, escreve o Eco, que adianta a notícia do despedimento esta segunda-feira. O jornal online teve acesso à carta assinada pelos administradores Rui Pedro Gomes e Juan Lorenzo Ramis na qual se apresenta a seguinte justificação para o atual corte: “motivos de mercado”, nomeadamente o “atual contexto macroeconómico mundial e nacional” e “redução da atividade”.
De acordo com a empresa, há uma fatia de 64% dos custos da empresa com salários. O que torna “inevitável” a “redução de custos administrativos e com o pessoal” “quando se pretende reduzir, de forma significativa, os custos fixos mensais e anuais”.
A SPDH terá tido, alega-se, prejuízos de sete milhões em 2021 e de um milhão em 2022, estando as contas de 2023 por fechar mas “estima-se que o resultado líquido se manterá negativo”.
A Menzies diz ainda que do investimento promovido de 12,5 milhões de euros, dez milhões seriam para “reestruturação dos recursos humanos”, o que inclui o despedimento coletivo.
A Serviços Portugueses de Handling tem perto de 2.700 trabalhadores diretos e mais 1.400 contratos indiretos, tendo saído anteriormente 140 trabalhadores por acordo, ficando assim ainda longe da meta que fixou de 300 postos de trabalho para reduzir.
Quando a Menzies a comprou, assistia “mais de 100.000 movimentos de aeronaves todos os anos nos cinco aeroportos mais movimentados de Portugal, nos quais presta serviços de terra e de carga aérea a várias companhias aéreas líderes mundiais”.