Está aqui
“Desemprego é um luxo caro demais para o país”
"Para nós é importante que haja uma negociação com os sindicatos e acima de tudo é muito importante que as 35 horas sejam uma realidade”, declarou Catarina Martins, em Vila Nova de Gaia, à margem de uma conferência sobre Direitos Humanos, em que participou na Escola Secundária Inês de Castro.
Na segunda-feira, o PS substituiu a proposta de reposição das 35 horas na função pública a 1 de julho por outra, que prevê negociação com sindicatos das exceções para os funcionários que continuarão a trabalhar 40 horas por semana. Na proposta socialista deixa ainda de haver qualquer referência a uma data limite para o horário semanal de 40 horas vigorar em alguns serviços, que deveria terminar a 31 de dezembro, de acordo com a anterior proposta.
“O Bloco de Esquerda, como sabem, defende 35 horas para todos. Todos no setor público e também a sua extensão ao setor privado. Achamos que o desemprego é um luxo caro demais para o país. Temos que dividir o trabalho que há e com isso criar emprego”, disse.
A porta-voz do Bloco referiu que “este primeiro passo é um passo que é importante”, mas avisou que o Bloco não deixará, no entanto, de acompanhar “este primeiro passo”, dizendo que é preciso “perceber que é preciso muito mais”.
“Julgo que ser com negociação com os sindicatos, significa que será, até, implementado mais cedo. É essa a expectativa”, acrescentou, estimando que “até outubro esteja resolvido”.
Na passada sexta-feira, durante o debate quinzenal, Catarina Martins havia pressionado o primeiro-ministro, António Costa, sobre a reposição das 35 horas de trabalho na Função Pública, avisando que o compromisso está no acordo subscrito em novembro transato e que permitiu o apoio parlamentar para que o PS chegasse ao Governo.
Crescimento ligeiro da economia é "muito tímido", é preciso "mais emprego"
O Instituto Nacional de Estatística (INE) reviu em alta o crescimento da economia no primeiro trimestre, com o Produto Interno Bruto a crescer 0,9% em termos homólogos e 0,2% face ao trimestre anterior.
Questionada pelos jornalistas sobre os dados divulgados pelo INE, Catarina Martins optou, primeiro, por ironizar, declarando que houve “quem anunciasse toda a catástrofe na mudança de estratégia” e depois, numa segunda resposta, referiu que a ligeira recuperação na economia ainda é “tímida”.
“Os números que temos mostram uma ligeira recuperação na economia e uma ligeira recuperação no emprego. Agora estaríamos a mentir se disséssemos que isto responde a tudo o que o país precisa e não assumíssemos que isto é muito tímido. São ainda primeiros números, precisamos de um crescimento económico mais forte, precisamos de mais emprego e é para isso que trabalhamos”, declarou a porta-voz do Bloco.
Na conferência sobre Direitos Humanos, Catarina Martins defendeu a escola pública e a igualdade de oportunidades, considerando que a Educação é um exemplo dos direitos básicos e uma das responsabilidades do Estado Social.
“A escola pública é a resposta normal que o Estado dá a toda a gente, para todas as crianças e para todos os jovens”, defendeu a bloquista, observando que Portugal “está a dar passos nesse sentido”, referindo que com as atuais políticas vão poder ser garantidos manuais escolares e ensino especial para quem necessite.
Comentários
Aumento da esperança média de vida.
Boa Tarde.
É de vosso conhecimento que o anterior governo tudo tentou fazer para penalizar a classe mais desfavorecida ( Desempregados e doentes ) a quem e contra a constituição tentou reduzir os seus rendimentos, tendo o Tribunal Constitucional reparado tamanhos erros.
Não satisfeitos foi inventado e decretado o Decreto Lei 157-E/2013 que foi imposto abusivamente e assim penalizaram ainda mais quem se reformou a partir de 1 de Janeiro de 2014.
Ainda hoje não entendo como é possível que; quem se reformou até 31 de Dezembro de 2013 tenha uma penalização referente à EMV de cerca 5.45% e quem se reformou no dia seguinte ou seja a 01 de Janeiro de 2014 sofra uma penalização de 12,34%.
A isto eu classifico de roubo a quem trabalhou uma vida inteira.
Não seria mais honesto que a aplicar esta medida este aumento fosse aplicado ao longo dos anos e mais suavemente?
Acredito que agora é tempo de anularem e reporem aos reformados o que lhes está a ser roubado, esta situação foi contestada pela vossa parte e agora é tempo de se fazer cumprir com dignidade a anulação ou alteração deste Decreto Lei 157-E/2013.
A oposição manteve-se firme na discordância e agora que são ou fazem parte do governo isto é matéria de que não convém falar?
Afinal em quem acreditar?
Com os melhores cumprimentos.
Manuel Barbosa
Então vamos dividir o
Então vamos dividir o trabalho que há:
Imaginemos que a produção nacional (o tal "trabalho que há") resulta num valor "lucro" de 1000€ e que essa produção é conseguida por 10 pessoas. Simplificando digamos então que cada pessoa tem um salário de 1000/10 logo 100€. Mas temos ainda mais 3 pessoas no país sem trabalho, ora vamos então dividir o "trabalho que há":
No fim o novo salário é 1000/13 Logo cada pessoa passa a ganhar 77€
Essa parte do "dividir o trabalho que há" é que a Catarina não gosta.
Há uma coisa chamada taxa de desemprego natural... que é proporcional à capacidade produtiva do país, pode-se tentar baixar essa taxa artificialmente... Mas o resultado é o mesmo de emitir moeda, funciona a longo curto, já a curto medio/longo fica tudo igual (ou pior).
Que tal focarem-se em trazer investidores (em vez de os afugentarem) para aí sim portugal aumentar a produção e descer a taxa de desemprego? É que a outra alternativa já falhou 4 vezes e vai falhar uma quinta vez (como já se vê).
Nota final: espero que o partido que tanto defende a liberdade não censure o comentário ;)
Adicionar novo comentário