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À deriva no Mediterrâneo: barco com migrantes sem água e comida

Enquanto os países europeus não se entendem sobre o seu destino, um barco com 64 migrantes continua à deriva com falta de água e comida. A situação arrasta-se há mais de uma semana depois de Itália e Malta terem recusado a sua entrada.
Seafuchs, um dos barcos que a Sea-Eye usa para resgatar migrantes. Foto de Sea-Eye

São 64 as pessoas resgatadas pela organização de ajuda humanitária Sea-Eye. Itália e Malta recusaram a entrada do barco em que viajavam que entretanto ficou sem água e comida. O navio Alan Kurdi continua assim sem ter onde atracar e as condições a bordo continuam a deteriorar-se.

Há duas crianças a bordo. E uma jovem de 24 anos teve de ser enviada para um hospital em Malta depois de ter desmaiado.

Luca Marelli, da Sea-Eye, declarou às agências de comunicação internacionais que “todos precisam desembarcar o mais rapidamente possível”. Mas as situações mais críticas são a de um bebé de 11 meses, de uma criança de seis anos e de uma grávida.

Segundo outro dos responsáveis da organização humanitária, Jan Ribbeck, parte das pessoas dormem na coberta do navio e, por isso, estão desabrigados das chuvas que se fazem sentir na zona. Para além disso, não têm roupas que lhes permitam mudar e ficar secos.

A Sea-Eye é uma ONG alemã fundada em 2015 por um grupo de amigos. A organização começou por comprar dois antigos barcos de pesca, o Sea-Eye e o Seefuchs, que reequipou e que utiliza em missões de resgate de refugiados no Mediterrâneo.

Esta organização anunciou que desde a primeira missão, em abril de 2016, já conseguiu resgatar 10,169 pessoas que estavam em perigo de vida.

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