Depois do caos nos transportes, Área Metropolitana do Porto anuncia “reformulação”

06 de dezembro 2023 - 12:52

Há autocarros que estão em falta e os utentes queixam-se de falta de informação sobre as carreiras. Em Paredes e Santa Maria da Feira muitos alunos não tiveram autocarro para os levar às escolas.

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Autocarro da Unir. Imagem da página da rede de transportes.
Autocarro da Unir. Imagem da página da rede de transportes.

A Unir, nova rede de autocarros da Área Metropolitana do Porto, tinha-se estreado na passada sexta-feira. Mas foi nesta segunda-feira, o primeiro dia útil de funcionamento, que as queixas se multiplicaram, mantendo-se no dia seguinte. Na página da rede, pode ler-se agora um aviso a dizer que “a Unir encontra-se a reformular e a adequar os horários dos lotes 2, 4 e 5 ao serviço efetuado. Em breve, os mesmos serão disponibilizados”.

A Unir substitui um serviço que estava dividido entre cerca de 30 operadores privados. A concessão foi feita por cinco lotes e a informação sobre a reformulação diz respeito aos lotes Norte Nascente que inclui Gondomar, Valongo, Paredes e Santo Tirso, ao Sul Nascente que inclui Arouca, Oliveira de Azeméis, Santa Maria da Feira, São João da Madeira e Vale de Cambra e ao Sul Poente que inclui Vila Nova de Gaia e Espinho.

Ao mesmo tempo, a rede publicou nas suas redes sociais a mensagem de que “está a acompanhar atentamente as situações que têm sido reportadas” e “a trabalhar com os operadores de transporte parceiros e os Municípios, no sentido de normalizar a operação nos 17 concelhos”.

Esta segunda-feira, muitos utilizadores queixavam-se de falta de autocarros e de informação. Há, por exemplo, autocarros que circulam apenas com uma folha A4 a indicar para onde vão. Ao Porto Canal, um utente dizia que “em Valbom está a ser um caos. Queixaram-se na escola, mais de duas horas de manhã sem passar um autocarro.”

O Jornal de Notícias dava conta também que em Paredes e Santa Maria da Feira, nesta terça-feira, “muitos alunos ficaram sem transporte para as escolas”. De acordo com este diário, na segunda-feira, em Paredes, “as principais ligações com as escolas não foram realizadas porque os motoristas não fizeram os transportes por dúvidas quanto ao horário de trabalho”. Esta terça-feira foi o segundo dia consecutivo de problemas, “apesar de terem sido efetuadas mais linhas do que no primeiro dia útil da operação”.

Também em São João da Madeira e em Santa Maria da Feira, “vários passageiros queixaram-se ao JN que os horários anunciados não têm sido respeitados e, em alguns casos, nem tão pouco são efetuadas as carreiras”. No caso da primeira localidade também faltaram autocarros para levar os alunos às escolas na segunda e na terça-feira.

Na noite desta terça-feira, o mesmo JN referia a existência de “dezenas de utentes” que ficaram “durante horas, na paragem de autocarro junto da estação da CP de Campanhã, no Porto, à espera que chegasse um transporte público para Gondomar e Sebolido, Penafiel”. Alguns deles, ouvidos pela reportagem, contavam histórias de faltas no trabalho, de esperas de horas de até quatro horas para regressar a casa sem acesso a qualquer esclarecimento.

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