"Estamos a debater o Orçamento Retificativo e o CDS não apresentou nenhuma proposta para baixar o IRS, mas o Bloco de Esquerda apresentou”, lembrou a dirigente bloquista.
À margem de uma visita à Escola Profissional de Salvaterra de Magos, no distrito de Santarém, Catarina Martins salientou, em declarações à agência Lusa, que “se o CDS estivesse a falar a sério podia aproveitar para votar favoravelmente a nossa proposta e ser consequente com o que diz".
"Se não o fizerem é óbvio que é só demagogia, e as palavras [de Paulo Portas] são uma brincadeira e que não são para levar a sério", avançou a coordenadora nacional do Bloco de Esquerda.
“A ideia de que o CDS é o partido dos contribuintes é totalmente falsa"
A CGTP também reagiu às declarações do líder do CDS-PP, afirmando que a proposta apresentada por Paulo Portas esta terça feira, de “desagravamento fiscal em sede de IRS”, ainda nesta legislatura, “não passa de demagogia".
"Isto é pura demagogia por parte do CDS", afirmou Joaquim Dionísio, da Comissão Executiva da CGTP, em declarações ao Dinheiro Vivo.
"Existe uma necessidade de reduzir os impostos que incidem sobre o trabalho. A medida até seria de louvar se não passasse de uma manobra política do CDS, que tem os dois pés dentro do Governo mas que tenta passar a mensagem de que pode sair a qualquer momento", adiantou ainda o dirigente sindical.
Joaquim Dionísio acusou Paulo Portas de "tentar passar a ideia para o exterior de que está a fazer de oposição interna ao Governo, quando na verdade foi cúmplice do aumento da carga fiscal sobre os contribuintes e pensionistas”. “A ideia de que o CDS é o partido dos contribuintes é totalmente falsa", rematou.