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Conte volta a ser chamado para formar governo em Itália

Conte irá apresentar hoje, pela segunda vez, a proposta de governo ao Presidente italiano. Recorde-se que este governo surgirá em resultado da aliança dos populistas do Movimento Cinco Estrelas e a extrema direita da Liga Norte.
Conte volta a ser chamado para formar governo em Itália
Conte é jurista e professor universitário. Foto de Wikipedia.

Sergio Mattarella, Presidente de Itália, voltou a chamar Giuseppe Conte para formar Governo. Recorde-se que o nome de Conte tinha sido acordado entre os populistas do Movimento Cinco Estrelas e a extrema direita da Liga Norte para primeiro ministro.

Conte é um jurista sem passado político e irá apresentar, pela segunda vez, a sua proposta de Governo ao Presidente do país. Segundo o secretário geral da presidência italiana, a avançar, a equipa governativa prestará juramento na tarde de sexta feira, dia 1 de junho.

Esta segunda convocatória surge dias após Giuseppe Conte ter-se recusado a formar Governo após as dificuldades encontradas na escolha do seu executivo. A renuncia ocorreu na sequência do veto de Sergio Mattarella à candidatura como ministro da Economia do eurocético Paolo Savona, conhecido pelas suas posturas anti-euro.

Nessa sequência, o Presidente da República italiano tinha dado responsabilidade a Carlo Cottarelli, um ex-quadro do Fundo Monetário Internacional, de procurar constituir um Governo neutral de tecnocratas para conduzir o país para eleições antecipadas.

Foi o recuo de Cottarelli que se abriu o caminho ao governo de coligação do Movimento Cinco Estrelas com a Liga. "Foram reunidas todas as condições para um governo político M5S/Liga", anunciaram Luigi di Maio e Matteo Salvini num comunicado divulgado pelo Movimento Cinco Estrelas.

No lugar de Paolo Savona, os dois partidos propõem Giovanni Tria para ministro da Economia e Finanças. Savona ficará com a pasta dos assuntos europeus. Não existem, porém, sinais de mudança no acordo entre os dois partidos. Entre as propostas governativas continuam a constar a expulsão de 500 000 imigrantes, creches gratuitas apenas para famílias italianas, generalização do porte de arma e levantamento da identidade de todos os pregadores muçulmanos no país.

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