Lutas

Comboios voltam a parar numa greve que junta mais de uma dezena de sindicatos

18 de abril 2025 - 10:38

A greve na CP está marcada para os dias 7 e 8 de maio e é “contra a imposição de aumentos salariais que não repõem o poder de compra”.

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Comboios da CP. Foto de Matt Hintsa/Flickr.
Comboios da CP. Foto de Matt Hintsa/Flickr.

Os trabalhadores da CP vão fazer greve nos próximos dias 7 e 8 de maio. A Fectrans, Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações, em comunicado, explica que esta vai abranger a totalidade dos dois dias e que foi marcada “contra a imposição de aumentos salariais, que não repõem o poder de compra” e pela “negociação coletiva de aumentos salariais dignos”.

Para além disso, luta-se pela “implementação do acordo de reestruturação das tabelas salariais, nos termos em que foi negociado e acordado”.

As várias organizações sindicais enviaram ainda uma carta conjunta aos ministros das Infraestruturas e das Finanças, subscrita por todas as organizações sindicais”. Nela se insta o Governo a que “instrua a administração da CP a cumprir as medidas excecionais constantes do relatório final acordado com os sindicatos e que, segundo a própria administração, já foi remetido ao ministério que tutela a empresa”. Os trabalhadores consideram que “esse documento é um compromisso conjunto e não pode ser alterado unilateralmente”.

Pretende-se igualmente que o executivo dê “orientações claras para que a administração ultrapasse os valores que decidiu impor por ato de gestão e que analise com seriedade as contrapropostas das ORT [organizações representativas dos trabalhadores], sob pena de agravar ainda mais a instabilidade que se vive na empresa”.

Os sindicatos vincam que “a CP não existe sem trabalhadores. E o que está hoje em causa é a sua sustentabilidade futura. Se o Governo não avançar com medidas concretas que valorizem as carreiras ferroviárias – nomeadamente ao nível dos salários, das condições de trabalho e do investimento nos meios necessários – estará a comprometer o futuro da empresa e a pôr em risco a prestação de um serviço essencial ao país, como se comprovou no período pandémico”.

O pré-aviso de greve é subscrito por mais de uma dezena de sindicatos: Associação Sindical das Chefias Intermédias de Exploração Ferroviária, Associação Sindical Independente dos Ferroviários da Carreira Comercial, Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações, Sindicato Nacional dos Transportes Comunicações e Obras Públicas, Sindicato Nacional dos Ferroviários do Movimento e Afins, Sindicato Nacional Democrático da Ferrovia, Sindicato Independente dos Trabalhadores Ferroviários das Infraestruturas e Afins, Sindicato Independente Nacional dos Ferroviários, Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Transportes e Indústria, Sindicato Independente dos Operacionais Ferroviários e Afins, Sindical Nacional de Quadros Técnicos, Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Setor Ferroviário, Sindicato dos Transportes Ferroviários e Sindicato dos Trabalhadores do Metro e Ferroviários.