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Com ajudas do Estado de 500 milhões, TAP dispensou 560 trabalhadores

Os dados são do relatório de contas semestral apresentado pela administração da empresa esta segunda-feira.
Se o primeiro semestre de 2019 tinha já registado perdas de 120 milhões de euros, a crise pandémica levou os números para novos níveis. Dentro do grupo TAP, a transportadora aérea é responsável por 582 milhões de euros de perdas entre janeiro e julho de 2020.
Os serviços de manutenção, catering e tratamento de bagagens registaram mais 24 milhões de euros de perdas, num total de 606 milhões, noticia o jornal Público. Mas os prejuízos não surgem apenas do congelamento da atividade decretado em março.
Os contratos swap para proteção da transportadora face aos altos preços de combustível que se registavam no início do ano são a fonte de maior prejuízo, com 136,3 milhões de euros, uma vez que a crise pandémica provocou uma queda do barril de petróleo e derivados para os preços mais baixos em décadas (de 68 dólares pelo barril de brent em janeiro para os 19 dólares em maio).
Por outro lado, uma vez que os aviões da frota da TAP são pagos em dólares, a valorização do dólar face ao euro, só por si, provocou “diferenças de câmbio líquidas negativas de 58 milhões” de euros.
Apesar da TAP ter já recebido 500 milhões de euros em ajudas do Estado - valor que poderá ir até aos 1200 milhões -, incluindo pagamentos de layoff simplificado, o efeito nos trabalhadores da empresa já se faz sentir. Se em fevereiro deste ano estavam registados 9.153 trabalhadores, em junho, a empresa tinha 8.593. Ou seja, 560 postos de trabalho perdidos no primeiro semestre.
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