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Colômbia: Esquerda leva vantagem para a segunda volta das presidenciais

Nas eleições presidenciais da Colômbia, a candidatura de esquerda Pacto Historico, de Gustavo Petro e Francia Márquez, obteve 40,33% e Rodolfo Hernández, candidato da intitulada Liga Anticorrupção e que já foi chamado de “Trump tropical”, 28,14%.
Gustavo Petro e Francia Márquez festejaram a passagem à segunda volta das eleições presidenciais da Colômbia, 29 de maio de 2022 – Foto de Mauricio Duenas Castaneda/ Epa/ Lusa
Gustavo Petro e Francia Márquez festejaram a passagem à segunda volta das eleições presidenciais da Colômbia, 29 de maio de 2022 – Foto de Mauricio Duenas Castaneda/ Epa/ Lusa

As eleições presidenciais na Colômbia terão uma segunda volta, que se disputará entre Gustavo Petro e Rodolfo Hernández, no próximo dia 19 de junho.

Na primeira volta, disputada neste domingo, a candidatura do Pacto Histórico – Gustavo Petro para presidente e Francis Márquez para vice-presidente, obteve 40,33% da votação com 8,3 milhões de votos. Em segundo lugar, ficou a candidatura de Rodolfo Hernéndez e Marelen Castillo (Liga Anticorrupção), que obteve 5,8 milhões de votos, 28,14%. A participação eleitoral foi de cerca de 47%, 18.153.882, um valor bem superior aos cerca de 40% da participação de 2014.

Rodolfo Hernández aparecia nas sondagens em terceiro lugar, mas acabou por surpreender e passar à segunda volta, ficando à frente de Fico Gutiérrez.

Segundo o Brasil de Fato, Hernández, que é engenheiro civil e dono da empresa HG Construtora, lançou o lema “não roubar, não mentir, não trair”, fez uma campanha assente no suposto combate à corrupção, apresentou-se como uma alternativa à “velha política” e atacando fortemente os movimentos FARC e ELN, na tradição da direita da Colômbia.

Apesar de se apresentar como combatente da corrupção, Hernández será julgado a 21 de julho, acusado de corrupção, quando foi prefeito da cidade de Bucaramango.

Segundo o Globo, Rodolfo Hérnandez, que tem 77 anos, já foi chamado de “Trump tropical”. Recentemente, ele teve o apoio de Íngrid Betancourt, ex-refém da guerrilha FARC e que desistiu da corrida às presidenciais devido aos maus resultados nas sondagens.

A candidatura Pacto Historico, segundo assinala o Brasil de Fato, propõe combater a fome, reativar as negociações de paz, investigar os casos de violência contra líderes sociais e camponeses, reconhecer o direito ao território dos povos indígenas e quilombolas, assim como diversificar a base económica do país, com uma perspetiva de desenvolvimento sustentável.

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