O executivo francês já tinha deixado cair o polémico imposto sobre os combustíveis, que esteve na génese dos protestos do movimento dos “coletes amarelos” e que no passado sábado juntaram mais de 130 mil pessoas em toda a França. Na noite desta terça-feira, Emmanuel Macron aumentou consideravelmente a lista de recuos da sua agenda liberal.
Entre pedidos de desculpas e reconhecimento do “profundo” e “justificado “descontentamento” que se faz sentir na sociedade francesa, o presidente, num discurso previamente gravado, garantiu que o Salário Mínimo Nacional passará de 1498 para 1598 euros já em janeiro de 2019.
O chefe de Estado anunciou ainda o fim da polémica “taxa para a Segurança Social” dos reformados que aufiram menos de dois mil euros mensais, a isenção de impostos para os rendimentos advindos do trabalho em horas extraordinárias e exortou os patrões a atribuir um bónus aos seus funcionários no final deste ano, que será livre de impostos.
Macron recusou, todavia, voltar a introduzir o imposto sobre as grandes fortunas, uma das principais reivindicações do movimento que voltará a sair às ruas no próximo fim-de-semana.