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Cinco manifestações no Dia da Catalunha

Segundo os dados da polícia municipal de cada localidade, cerca de 875 mil pessoas participaram nas cinco manifestações independentistas, com Barcelona a acolher 540 mil manifestantes. Entre eles, pela primeira vez esteve o presidente do governo da Catalunha.
“O independentismo encheu as ruas”, afirmou o presidente do governo catalão à TV-3, garantindo que “se o Estado espanhol decidir de forma unilateral vetar o nosso referendo, nós faremos o que a população nos pedir”. Carles Puigdemont insiste numa solução via referendo, mas diz estar pronto a cumprir o calendário do "desligamento" da Catalunha ao Estado espanhol a tempo de convocar novas eleições em julho do próximo ano. Puigdemont afirmou ainda que “ou se reconhece o que se passa na Catalunha ou a situação política em Espanha tem muitas hipóteses de continuar bloqueada”.
O discurso do presidente da Assembleia Nacional Catalã, organizadora das manifestações, ficou marcado pela recusa das decisões judiciais que retirem direitos politicos aos antigos governantes catalães que promoveram o referendo de 9 de novembro, contra a vontade do governo de Madrid. “Hoje voltámos a fazer história”, anunciou Jordi Sánchez no seu discurso.
Ada Colau pede demissão do ministro dos Negócios Estrangeiros
A presidente da Câmara de Barcelona, Ada Colau, pediu neste domingo, Dia da Catalunha, a demissão de José Manuel García-Margallo, ministro dos Negócios Estrangeiros do governo de Mariano Rajoy.
Ada Colau pediu a “demissão imediata” do ministro do PP, porque misturou terrorismo com direito a decidir, numa declaração “reprovável” e lamentável”.
O ministro dos Negócios Estrangeiros do governo de Mariano Rajoy afirmou, neste sábado, que “um ataque terrorista se supera, mas a dissolução de Espanha é absolutamente irreversível”.
“As declarações de ontem de Margallo são não só lamentáveis, mas também reprováveis, e em qualquer país democrático do mundo significaria a sua demissão imediata”, declarou Ada Colau, acrescentando que as afirmações de Margallo são “absolutamente antidemocráticas e demonstram uma falta de é ética tentando misturar o terrorismo com uma reivindicação democrática como o direito a decidir”.
Ada Colau afirmou que na Catalunha “sairemos pacificamente mas também com um caráter reivindicativo”, e pediu uma “Diada [Dia da Catalunha] massiva, democrática, de direitos e de liberdades, de pluralidade e diversidade política”. “Estas mobilizações massivas na Diada são mais necessárias que nunca para reivindicar o óbvio, que é a democracia e a diversidade de opiniões perante uma situação de bloqueio absoluto do PP
Este ano as comemorações do Dia da Catalunha são descentralizadas, realizando-se cinco manifestações nas cidades de: Barcelona, Tarragona, Lleida, Salt e Berga.
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