CGTP manifesta solidariedade com luta dos estivadores

25 de maio 2016 - 11:01

A CGTP manifestou hoje a sua solidariedade aos estivadores do Porto de Lisboa na defesa da contratação coletiva, e no apoio às lutas dos trabalhadores para defenderem os seus postos de trabalho e os seus direitos laborais.

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“A CGTP-IN manifesta a sua solidariedade à luta dos trabalhadores estivadores do Porto de Lisboa, pela defesa da contratação coletiva, contra a precariedade, a prepotência e a arrogância patronal”, sublinha em comunicado a estrutura sindical.

A CGTP refere no documento que a luta dos estivadores ganha “maior relevância” após o anúncio de “um suposto despedimento coletivo, que é ilegal e uma violação grosseira da Lei da Greve, perpetrada pelo patronato, com o apoio da PSP”.

“O patronato utiliza o diálogo como uma manobra de diversão e a negociação como um instrumento de imposição de normas que desvalorizam o trabalho e põem em causa a dignidade dos trabalhadores”, lê-se no comunicado, que acrescenta que os problemas laborais “não se resolvem com o recurso à mentira, ao terrorismo psicológico e à generalização da precariedade e dos baixos salários", refere ainda a nota da CGTP.

Para o secretário-geral daquela central sindical, Arménio Carlos, são “inadmissíveis todas as atitudes patronais que visem a redução brutal dos rendimentos e direitos dos trabalhadores, para assegurar o aumento da exploração e, com ela, a acumulação de lucros”.

Na passada terça-feira, cerca de 40 estivadores estiveram concentrados durante perto de nove horas na entrada do Porto de Lisboa, depois de a PSP ter enviado uma equipa de várias dezenas de elementos para o local, para acompanhar a saída de contentores retidos há cerca de um mês naquele local, quando os estivadores iniciaram o período a greve.

Entretanto, os operadores do Porto de Lisboa disseram que vão avançar com um “despedimento coletivo” por redução da atividade.

A União do Sindicatos da Madeira (USAM) mostrou-se também solidária com a luta dos estivadores do Porto de Lisboa, subscrevendo, desta forma, o comunicado da CGTP.

António Mariano, presidente do Sindicato dos Estivadores, qualificou como ato de “terrorismo psicológico” e “atentado ao Estado de direito” o anúncio de um despedimento coletivo e a presença da PSP no Porto de Lisboa, para acompanhar retirada de contentores retidos.

O sindicalista disse ainda que os trabalhadores estão dispostos a chegar a um “entendimento”, se a empresa criada paralelamente for "encerrada" e se forem resolvidas "duas situações do contrato coletivo de trabalho".