Na passada segunda-feira, o Bloco de Esquerda entregou na Assembleia da República um projeto de lei para eliminar os últimos pórticos na A25. São três pórticos com portagens, localizados em Aveiro e Albergaria-a-Velha.
Em comunicado de imprensa, o partido esclarece que “pretende corrigir uma situação que considera especialmente injusta para as populações da região, que usam esta via como alternativa ao tráfego urbano e acesso à zona portuária”. A manutenção dos pórticos em questão aumenta também a pressão sobre infraestruturas rodoviárias como a E109, o que prejudica as populações de Cacia.
“Injustiça económica e social”, é assim que é classificada a continuidades de portagens nos troços da A25 que atravessam Esgueira, o Estádio de Aveiro e Angeja. “Penaliza diretamente os residentes, trabalhadores e empresas da região do Baixo Vouga”, lê-se no comunicado.
No início do ano, foram abolidas as portagens nas vias rápidas conhecidas como SCUT, que funcionavam no modelo ‘utilizador-pagador’. Modelo esse que “desde o início”, o Bloco de Esquerda “rejeita” nas ex-SCUT. As vias rápidas no Interior e no Algarve não terão agora custos para os utilizadores.
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O partido defende “o regresso de todas as antigas SCUT à gestão pública, considerando as autoestradas um bem público coletivo que deve promover a coesão territorial, sustentabilidade e mobilidade acessível”. Por isso, propõe a eliminação dos pórticos na A25, responsabilizando o PS e o PSD por manterem as portagens e apontando a “inércia dos representantes eleitos pelo distrito, que foram incapazes de tomar medidas para corrigir a situação”.