Margem Sul

Bloco exige explicações sobre atrasos da expansão do Metro Sul do Tejo

11 de outubro 2024 - 18:21

Ministro Adjunto e da Coesão Territorial admite que não há capacidade de financiar a expansão do Metro Sul do Tejo através do PT2030. Bloco de Esquerda questiona Executivo da Câmara de Almada.

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Metro Sul do Tejo
Metro Sul do Tejo. Fotografia de Cornelius Kibelka/Flickr

Na Comissão Eventual de Acompanhamento da Execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), a deputada bloquista Joana Mortágua exigiu esclarecimentos ao ministro Adjunto e da Coesão Territorial sobre se o projeto de expansão do Metro Sul do Tejo (MST) vai realmente acontecer ou não. O ministro Manuel Castro Almeida admitiu que não há capacidade de financiar a expansão do MST através do PT2030, remetendo esta obra para um futuro indeterminado.

O pedido de esclarecimento surgiu depois do ministro ter dito que a expansão do MST é um dos “embaraços” da execução do PT2030, afirmando ainda que os serviços do ministério entendem ser impossível realizar a expansão no prazo previsto. Em resposta, a deputada do Bloco de Esquerda procurou ainda saber se o projeto será assegurado pelo governo através do Orçamento de Estado, mas o ministro não respondeu.

A vereação do Bloco de Esquerda em Almada endereçou ainda um requerimento à Presidente da Câmara Municipal, Inês do Medeiros, exigindo explicações sobre os atrasos e sobre se o Executivo Municipal assume a responsabilidade pela ausência de estudos prévios e projetos, que segundo Castro Almeida será uma das razões para o atraso na expansão do MST.

Em julho de 2024 foi assinado um protocolo entre a Câmara Municipal de Almada, o Metropolitano de Lisboa e os Transportes Metropolitanos de Lisboa, para lançar esses mesmos estudos de elaboração do projeto de expansão do Metro até à Costa da Caparica e Trafaria. Supostamente, esses estudos significariam o início da obra em poucos anos.

Em nota de imprensa, a concelhia do Bloco de Esquerda de Almada faz lembrar que “o Executivo Municipal PS/PSD deve uma explicação sobre mais um atraso na expansão do Metro Sul do Tejo” uma vez que este é “um projeto de maior importância para a população de Almada e da Margem Sul” ao nível “da mobilidade, do combate às alterações climáticas e da redefinição do território.”. “A expectativa da população da Margem Sul sobre a expansão do MST, nomeadamente à Costa da Caparica, circula com 16 anos de atraso”, afirma o partido.