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Bloco defende mais residências para estudantes universitários

“As Residências universitárias não chegam a 20% do número de estudantes inscritos no Ensino Superior público no Porto", alertou esta segunda-feira o deputado Luís Monteiro.
Catarina Martins e Luís Monteiro. Fotografia de Fernando Veludo/Lusa.

"É um problema que se tem agravado nos últimos anos. Só este ano, a média de arrendamento de um quarto no Porto é de 275 euros por mês", revelou à Lusa Luís Monteiro, responsabilizando a "especulação imobiliária", que fez os "preços na cidade a aumentarem exponencialmente nos últimos cinco anos".

E prosseguiu: "todos os anos a Universidade do Porto (UP) e o Instituto Politécnico do Porto recebem milhares de novos estudantes - é uma das cidades que mais recebe em todo o país - e há um problema grande não só da oferta como do valor dela".

"Sendo números difíceis de escrutinar, a verdade é que todos os anos temos estudantes que mesmo conseguindo arrendar um quarto ou uma casa dividida, já com uma pressão imobiliária e montante grandes, acabam por ter de sair nos meses seguintes porque o senhorio ou proprietário acaba por encontrar formulações mais lucrativas para arrendamento ou venda da casa", acusou.

O deputado lembrou que o Bloco "já fez várias propostas no parlamento sobre o mercado e especulação imobiliária em torno do alojamento de estudantes do Ensino Superior", e que uma delas "recomendou ao Governo o alargamento da oferta de vagas nas residências estudantis", que "foi aprovada, mas o Governo ainda não a cumpriu".

Para o deputado "há espaço no Porto" para arranjar soluções de residência universitária, salientando que a "UP tem terrenos e património que podem ser reabilitados para esses fins", cabendo ao "Governo garantir que isso aconteça",

"Quer reintroduzir o tema no debate da Assembleia da República e na discussão do Orçamento de Estado. Não podemos ter quatro anos de OE em que questão explícita da ação social não coloque um termo ao problema da especulação. Queremos que, pelo menos, a curto prazo, o problema seja amenizado", concluiu Luís Monteiro.

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