Durante seis anos, a taxa de abandono escolar precoce decresceu mas, em 2023, registou-se um aumento de 1,5%. Esta realidade só foi quebrada nos Açores, onde a taxa continuou a descer. No entanto, o cenário de abandono escolar nos Açores é bastante mais intenso do que no Continente. De facto, a taxa de abandono escolar precoce nos Açores era de 26,1% em 2022, tendo descido para 21,7% em 2023.
Questionado pela Lusa sobre esta subida, o Ministério da Educação considerou que 2021 e 2022 foram “anos atípicos tanto no abandono escolar como nas taxas de sucesso”, tendo ambos melhorado naqueles dois anos e “piorado no ano seguinte”.
O conceito de abandono escolar precoce refere-se à população com idades compreendidas entre os 18 e os 24 anos que possui apenas o nível mínimo do ensino secundário ou um nível inferior, e que não frequenta qualquer estabelecimento de ensino nem segue nenhuma formação.
Os rapazes continuam a apresentar taxas superiores no abandono escolar quando comparados com as raparigas: um em cada dez rapazes deixa a escola precocemente. O norte de Portugal Continental é a região com menos abandono escolar, por oposição ao Algarve, onde se regista um maior número de abandonos.
Recorde-se que a União Europeia estabeleceu o objetivo de ter uma taxa de abandono escolar precoce inferior a 9% até 2030.