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Artista das Pussy Riot foi enviada para campo de trabalho na Sibéria

Segundo avança o marido de Nadezhda Tolokonnikova no twitter, a artista das Pussy Riot está a caminho de um campo de trabalho “na região de Krasnoïarsk, na Sibéria Oriental, na localidade de Nijni Ingach, a 4400 quilómetros de Moscovo”. Depois de ter sido transferida da prisão, há mais de dez dias, Tolokonnikova nunca mais foi vista pela família.

Pyotr Verzilov, citado pela AFP, afirma, através da rede social, que Tolokonnikova “foi exilada para o fundo da Sibéria”. “É uma punição pelo impacto da sua carta”, na qual denunciava as más condições da prisão onde se encontrava, frisa, lamentando que a jovem, que faz 24 anos na quinta feira, vá “festejar o seu aniversário numa célula de isolamento numa parte qualquer da região de Krasnoïarsk”.

Há dez dias que a família de Nadejda Tolokonnikova deixou de ter notícias dela, já que a 21 de outubro, a ativista, que tinha feito greve de fome em protesto contra as condições prisionais, foi transferida da colónia penal na república russa de Mordóvia para um destino desconhecido.

No dia 19 de outubro, Tolokonnikova disse acreditar que a sua vida estava em perigo, numa carta publicada na Internet. "Temo pela minha vida, porque não sei o que (...) os carrascos do sistema prisional da Mordóvia vão fazer comigo", disse na carta enviada à sua advogada.

"Exijo que a minha segurança seja garantida e que eu seja transferida para outra região. Na Mordóvia fazem coisas terríveis aos prisioneiros. Esmagam-nos, destroem-nos e destroem tudo o que há de humano dentro [de nós]. Transformam-nos em bestas enraivecidas", escreveu.

Segundo o Telegraph, Tolokonnikova poderá ter sido encaminhada para as prisões de Krasnoyarsk (Sibéria) e de Chelyabinsk (nos Urais), local onde a BBC afirma que a ativista foi vista no dia 24 na estação ferroviária.

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