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Arábia Saudita aumentou importações de armas em 130%, EUA maior vendedor

O relatório do Instituto Internacional para a Investigação da Paz de Estocolmo mostra um aumento significativo das exportações de armas para o Médio Oriente. A Arábia Saudita, o maior importador mundial de armas de grande calibre, aumentou em 130% a compra de armas. Os Estados Unidos são campeões de vendas na região.
Foto de SoulRider.222/Flickr.

O SIPRI, Instituto Internacional para a Investigação da Paz de Estocolmo, tornou público esta segunda-feira o seu relatório sobre os negócios de armas que mostra que os Estados Unidos são o país que mais vende armas para a região do Médio Oriente em geral e para a Arábia Saudita em particular.

No período de dez anos, as importações de armas de países do Médio Oriente aumentaram 61%. No período dos últimos cinco anos, esta região foi responsável por 35% do volume de vendas de armas.

Arábia Saudita por si só aumentou a compra de armas em 130% nos cinco anos passadosRepresenta agora 12% do comércio global. Os seus principais abastecedores são os EUA com 73% das vendas e o Reino Unido com 13%. Isto apesar de supostamente haver restrições comerciais dada a participação deste país na guerra do Iémene.

Outro dos protagonistas desta guerra, os Emirados Árabes Unidos também têm destaque neste comércio: foi, nos últimos cinco anos, o oitavo maior importador de armas do mundo. Mais uma vez, os EUA foram o seu principal abastecedor, vendendo dois terços do total. Apesar da condenação deste país no Conselho de Segurança das Nações Unidas devido ao seu envolvimento na guerra da Líbia, grandes países como o Reino Unido, Austrália, Brasil, Canadá, China, França, Rússia, África do Sul, Espanha, Suécia e Turquia.

Num sentido contrário está a importação de armas da Turquia. Entre 2015 e 2019, o país reduziu as compras de material de guerra em 48%, apesar de estar envolvido nos conflitos da Líbia e da Síria. O relatório explica, contudo, que tal redução se deveu a atrasos em algumas das principais encomendas, assim como o desenvolvimento da indústria nacional de armamento.

Os grandes importadores tradicionais de armas como a Índia e Paquistão também diminuíram compras. A Índia em 32% e o Paquistão em 39%.

A nível global, os EUA voltaram a ser o principal vendedor de armas, aumentando as suas exportações em 23% e abastecendo 96 países. A sua quota de mercado é de 36%. O seu principal competidor é a Rússia, que detém uma quota de 21%, tendo baixado as suas vendas 18% o que é atribuído à diminuição do mercado indiano.

Em terceiro lugar está a França com 7,9% do total e que aumentou neste período de cinco anos as vendas em 72%, atingindo o pico mais elevado desde 1990. Superou assim a Alemanha.

O mercado global de armas cresceu mundialmente 5,5%, comparando o período 2010-14 com o período 2015-2019.

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