“Aqui não me sinto só”: imigrantes brasileiros convidam a imaginar políticas de solidariedade

28 de fevereiro 2024 - 22:04

O manifesto de imigrantes brasileiros em apoio ao Bloco de Esquerda vai ser apresentado esta sexta-feira em Lisboa. Promete-se “um dia repleto de conversas, música, política, arte e solidariedade radical”.

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Esta sexta-feira, dia 1 de março a partir das 18 horas, no Grupo Dramático e Escolar "Os Combatentes", na Estrela, em Lisboa, vai decorrer o “Aqui não me sinto só”, um evento “repleto de conversas, música, política, arte e solidariedade radical” que parte do mote de uma música de Zeca Afonso "Tenho mais de mil amigos, aqui não me sinto só".

O programa começa com o lançamento do manifesto "O Brasil também é aqui" que junta já duas centenas de subscrições de imigrantes brasileiros que apoiam o Bloco de Esquerda. Este será apresentado por Cynthia de Paula, presidente da Casa do Brasil de Lisboa e candidata nas listas do partido pelo círculo eleitoral de Lisboa, Tainara Machado, ativista pelo combate à precariedade laboral e feminista anticapitalista, e Vinicius Couto, artista multidisciplinar.

Haverá depois uma Performance do Teatro do Oprimido feita pelo Grupo AMII-AFRO na qual se abordarão, de acordo com a organização “as especificidades das opressões enfrentadas pelos afrodescendentes na dimensão da discriminação racial, de sexo e classe”.

Segue-se a música com concertos de Fred Martins, cantor e compositor de música popular brasileira, e Crossing Lands, projeto de Marc Planells, músico multi-instrumentista que toca cítara, e Inderjeet Singh, que toca tablas e ensina canto tradicional indiano, e Jhon Douglas, cantor, compositor que acabou de lançar um novo single, "UBERITIS".

Ao final de noite, haverá DJ sets do Tropicáustica, um projeto que apresenta música e dança de origem sul-americana e africana, e da Dj Mj aka mjuau aka Maria João, que já passou por espaços como Casa do Comum, Lux, Musicbox e Planeta Manas.

De acordo com os promotores da iniciativa, este “encontro coletivo” pretende levar-nos “a imaginar outras políticas de solidariedade contra o racismo, a misoginia e o preconceito, unindo-nos no nosso desejo de libertação coletiva”.