Em comunicado, a Federação Nacional dos Médicos manifestou a sua “profunda preocupação e indignação pelas graves dificuldades que o recente apagão nas comunicações provocou no acesso aos cuidados de saúde, deixando os utentes reféns de linhas telefónicas obsoletas e ineficazes, cuja responsabilidade política pertence à Ministra da Saúde, Ana Paula Martins”.
Para os médicos, o colapso dos sistemas de comunicação devido à falha geral de energia elétrica, “incluindo as falhas sentidas nas chamadas para o INEM, evidenciou a fragilidade das infraestruturas do Serviço Nacional de Saúde, negligenciadas por sucessivos alertas ignorados pela tutela”.
A FNAM considera “inaceitável” que o SNS ainda esteja dependente “de sistemas de comunicação ultrapassados, colocando em risco vidas humanas e deteriorando a confiança da população no serviço público de saúde”. E por isso exige “responsabilidades políticas e medidas urgentes para garantir que a segurança dos doentes e a dignidade dos profissionais sejam asseguradas”.
Por fim, os médicos sublinham que todos os profissionais de saúde, incluindo também os enfermeiros, técnicos e assistentes operacionais “voltaram a demonstrar um empenho extraordinário, assegurando cuidados urgentes e emergentes com meios reduzidos e sob enorme pressão”.