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Altice desiste da compra da Media Capital
A Prisa e a Altice já comunicaram à CMVM a decisão de desistir do negócio que daria ao grupo de media de Patrick Drahi o controlo sobre a estação televisiva TVI e outros títulos da imprensa portuguesa.
“A Meo informou na presente data a Autoridade da Concorrência de que a aquisição pela Meo da Media Capital já não terá lugar, com a consequente extinção do processo de controlo de concentrações relativo àquela aquisição”, anunciou a Altice em comunicado dirigido à entidade que rege as negociações das empresas cotadas na bolsa portuguesa.
A Altice tinha definido a data limite de 13 de abril para decidir se o negócio avançava ou não, mas esse prazo foi estendido por mais dois meses, à espera de conclusões definitivas por parte da Autoridade da Concorrência. Antes de abrir um processo de averiguação aprofundada, esta entidade tinha apontado que o negócio “poderá resultar em entraves significativos à concorrência efetiva em diversos mercados, tanto ao nível da produção de conteúdos e da concorrência entre canais de televisão e mercados de publicidade, como, também, ao nível dos mercados de telecomunicações e de oferta de televisão por subscrição”. Mas a Altice decidiu não apresentar uma nova proposta de remédios para evitar parte dos efeitos negativos para a concorrência no setor.
Também a ANACOM tinha concluído que aquela venda “é suscetível de criar entraves significativos à concorrência efetiva nos vários mercados de comunicações eletrónicas, com prejuízo em última instância para o consumidor final”, exemplificando também com o risco de "menor transparência nos preços praticados no serviço de TDT”. O negócio avaliado em 440 milhões de euros fica agora sem efeito.
No comunicado da Altice, a empresa aponta o dedo à Autoridade da Concorrência, criticando-a pela "completa falta de abertura" e a "manifesta ausência de respostas" por parte daquela entidade.
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