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Manuel Alegre denunciou esta segunda-feira que a acção especulativa que pretende forçar a entrada do FMI em Portugal “vem de fora, mas tem cumplicidades” em Portugal. O candidato desafiou Cavaco Silva a explicar aos portugueses o que significa a entrada do FMI. No seu entender, o Fundo Monetário conduzirá ao despedimento de milhares de funcionários públicos, à diminuição do salário mínimo nacional, a mais cortes nas pensões sociais, na escola pública e na educação. “Basta olhar para o que aconteceu na Irlanda. Não se trata de um funcionamento de mercados, trata-se de uma acção especulativa.”
As cumplicidades, disse o candidato, são da direita e “não resultam só da pressa de ir para o poder e da impaciência política de chegada ao poder. Resultam também do facto de saberem que se o FMI entrar em Portugal vai aplicar o programa radical que eles não têm a coragem de apresentar aos portugueses”, acusou.
"A Direita portuguesa quer o poder todo e tem uma agenda política que é a destruição do Estado social", sublinhou, referindo-se aos dois partidos que apoiam Cavaco Silva. "Se por acaso vier uma maioria de Direita, o que eles querem é um presidente da República complacente", acrescentou.
Manuel Alegre dedicou a jornada de campanha no Ribatejo aos “valores de Abril”. Depôs uma coroa de flores com cravos vermelhos no monumento de homenagem a Salgueiro Maia, tendo ao seu lado a viúva do militar, Natércia Maia.
Na viagem de comboio entre Santarém e o Entroncamento, Alegre foi acompanhado pelo coordenador do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã.