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Abortos diminuíram 7,6% em 2012

Número de Interrupções Voluntárias da Gravidez em Portugal diminuiu 7,6% em 2012, face ao ano anterior e registou-se uma diminuição do aborto entre as jovens com menos de 19 anos. Mais de um quinto (22,7%) das mulheres que abortaram estavam desempregadas.
Julgamento de uma mulher acusada de aborto em 2005. Aprovada a IVG, Portugal está abaixo da média europeia. Foto de Paulete Matos

Um relatório divulgado pela Direção-Geral da Saúde informa que o número de Interrupções Voluntárias da Gravidez em Portugal diminuiu 7,6% em 2012, face ao ano anterior. Foram realizadas 18.924 interrupções de gravidez, menos 1.513 interrupções de gravidez que no ano anterior.

Quase setenta por cento do total das IVG foram praticadas nas unidades do Serviço Nacional de Saúde, com as maternidades Alfredo da Costa (Lisboa) e Júlio Dinis (Porto) a registarem o maior número de abortos. Nas unidades privadas, a Clínica dos Arcos, em Lisboa, é o local onde se praticam mais IVG (5608).

O relatório da DGS aponta ainda para uma diminuição do aborto entre as jovens com menos de 19 anos e entre as mulheres estrangeiras. As mulheres de idades entre os 20 e os 24 anos praticaram 23,1%das IVG, na faixa dos 25 aos 29 anos foram 20,6%, e na de 30 aos 34 anos, 20,2%, o que corresponde a 63,9% do total das IG realizadas por opção até às 10 semanas.

“A IVG em mulheres com menos de 20 anos mantém uma tendência decrescente (11,7% em 2011 e 11,2% em 2012)”.

Mulheres desempregadas são as que mais recorrem à IVG

Por outro lado, mais de um quinto (22,7%) das mulheres que interromperam voluntariamente a gravidez (4179) estavam desempregadas, um novo aumento face a 2011, ano em que já se tinha registado um acréscimo nesta categoria. A seguir às desempregadas, surgem as trabalhadoras não qualificadas (17% do total de IVG) e as estudantes (16,8%).

Dois terços das mulheres nunca tinham feito um aborto, um quinto tinha feito um. Mais de metade das mulheres que abortaram tinham um a dois filhos e 40% não tinham filhos. Os totais demonstram que Portugal continua a estar abaixo da média europeia, com 209 IVG por mil nados-vivos, contra 274 na média europeia.

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