"O Bloco está na rua em todo o país a distribuir o jornal sobre este Orçamento e também sobre as alternativas”, declarou a coordenadora bloquista à imprensa, numa distribuição do jornal do Bloco à porta do terminal de metro e autocarros do Campo Grande, em Lisboa.
“É importante que as pessoas tenham consciência sobre quem estão a recair os cortes” que a maioria PSD e CDS se preparam para aprovar em São Bento. “É um orçamento que impõe cortes às famílias de 2.200 milhões de euros, 82% do esforço exigido, e apenas 150 milhões aos grandes grupos económicos, 4%”, prosseguiu Catarina Martins.
“Mas é importante apresentar alternativas”, sublinhou a coordenadora do Bloco. O partido apresentou na AR quase 200 propostas que resumiu num documento. Para Catarina Martins, a prioridade vai para “uma reforma fiscal mais justa para tributar a riqueza e com isso salvar reformas e pensões”.
“Defendemos que é possível tributar menos os salários e as pensões e tributar a riqueza, com taxas sobre as fortunas e os produtos de luxo”, exemplificou Catarina Martins. Nas propostas bloquistas, este imposto sobre as grandes fortunas - que poderia arrecadar cerca de mil milhões de euros - prevê que a grande propriedade imobiliária avaliada acima de 500 mil euros seria sujeita a uma taxa extraordinária de Imposto sobre os Imóveis (IMI), entre 0,5% e 1%. Uma Contribuição de Solidariedade sobre o Luxo, incidindo sobre outras formas de riqueza, mobiliária e patrimonial, taxaria entre 0,5% e 3% as grandes fortunas portuguesas.