“Orçamento deve taxar mais as fortunas e menos os salários e pensões”

19 de novembro 2013 - 0:14

Catarina Martins prosseguiu esta segunda-feira a apresentação das propostas do Bloco sobre o Orçamento de Estado e voltou a destacar a necessidade de renegociar a dívida para criar emprego.

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O jornal do Bloco mostra as diferenças entre as propostas do Governo da troika e as de uma alternativa para sair da crise.

"O Bloco está na rua em todo o país a distribuir o jornal sobre este Orçamento e também sobre as alternativas”, declarou a coordenadora bloquista à imprensa, numa distribuição do jornal do Bloco à porta do terminal de metro e autocarros do Campo Grande, em Lisboa. 

“É importante que as pessoas tenham consciência sobre quem estão a recair os cortes” que a maioria PSD e CDS se preparam para aprovar em São Bento. “É um orçamento que impõe cortes às famílias de 2.200 milhões de euros, 82% do esforço exigido, e apenas 150 milhões aos grandes grupos económicos, 4%”, prosseguiu Catarina Martins.

“Mas é importante apresentar alternativas”, sublinhou a coordenadora do Bloco. O partido apresentou na AR quase 200 propostas que resumiu num documento. Para Catarina Martins, a prioridade vai para “uma reforma fiscal mais justa para tributar a riqueza e com isso salvar reformas e pensões”.

“Defendemos que é possível tributar menos os salários e as pensões e tributar a riqueza, com taxas sobre as fortunas e os produtos de luxo”, exemplificou Catarina Martins. Nas propostas bloquistas, este imposto sobre as grandes fortunas - que poderia arrecadar cerca de mil milhões de euros - prevê que a grande propriedade imobiliária avaliada acima de 500 mil euros seria sujeita a uma taxa extraordinária de Imposto sobre os Imóveis (IMI), entre 0,5% e 1%. Uma Contribuição de Solidariedade sobre o Luxo, incidindo sobre outras formas de riqueza, mobiliária e patrimonial, taxaria entre 0,5% e 3% as grandes fortunas portuguesas.