Nunca como nos últimos meses a saúde mental teve tanta relevância mediática e atenção política, importa que não fique no papel a reconhecida prioridade que, finalmente, todos dizem ter. Por Ana Matos Pires.
Se se ficar apenas pelas renovadas juras de prioridade sem nunca se concretizar nada, o futuro próximo será muito difícil. Teremos uma vaga de doença mental sem recursos para a enfrentar. Por Moisés Ferreira.
É de prever que os impactos da pandemia na saúde mental cresçam nos próximos meses, sobretudo com o aumento do desemprego e da crise económica. Por Ana Paula Freitas.
Ordem dos Psicólogos alerta que “o aumento dos problemas de Saúde Mental provocados pela crise pandémica e pela crise socioeconómica torna expectável um aumento da procura dos serviços e cuidados” nesta área e que, “em termos de resposta, a situação em Portugal não é a mais favorável”.
Criado em 2019, o Manicómio é um espaço de criação e galeria de Arte Bruta que promove trabalhos desenvolvidos por artistas com doenças mentais. Facilitar “o caminho da inclusão” e incentivar a empregabilidade são alguns dos seus objetivos.
Portugal é um dos países europeus com maior prevalência de doenças psiquiátricas. Ainda assim, contamos com uma fraca resposta pública nesta área. Com a covid-19 e o agudizar da crise socioeconómica, urge garantir os recursos necessários para dar resposta à população. Dossier organizado por Mariana Carneiro.
Numa altura em que se regista um aumento da procura por serviços de saúde mental, 93% dos países inquiridos num estudo internacional afirmam ter suspenso ou interrompido o trabalho na área devido à pandemia. A OMS apela a um maior investimento.
Um relatório da Ordem dos Psicólogos diz que as empresas nacionais perdem 3,2 milhões e pede um reforço de investimento nesta área que considera “um investimento necessário que tem retorno”.
Um em cada cinco doentes com covid foram depois diagnosticados com ansiedade, depressão ou insónia, revela um estudo da Universidade de Oxford. Um dos autores defende que a doença psiquiátrica devia ser considerada fator de risco.