Bielorrússia

Os militares polacos passam a poder “atirar de forma preventiva e com balas reais contra quem quer que tente violar a fronteira”. A tensão entre a Polónia e a Bielorrússia está ao rubro e o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas polacas diz que o país precisa de preparar os seus soldados para um “conflito em grande escala”.

A Bielorrúsia tem sido desde há quase três décadas, campeã mundial de violações dos direitos humanos. Em julho de 2022, os sindicatos democráticos foram liquidados. Há perto de 1.500 presos políticos. 174 são mulheres. Oito são dirigentes sindicais. Por Salidarnast.

Em 2020 aconteceram protestos em massa que ficarão na história como o maior episódio de desobediência em massa e a mais espetacular demonstração de violência policial na história da Bielorrússia independente. As organizações de trabalhadores participaram neles como um agente coletivo separado. Por Volodymyr Artiukh.

A paciência dos bielorrussos parece ter-se esgotado após a resposta irresponsável de Lukashenko à pandemia da covid-19 e a crise do modelo económico sustentado por Moscovo. A gota de água foram as eleições presidenciais  viciadas pelo regime, que prendeu os candidatos e em seguida, após a inédita mobilização da campanha da oposição, anunciou uma vitória retumbante. Dossier organizado por Luís Branco.

Ao fim de 26 anos à frente da Bielorrússia, Aleksandr Lukashenko sempre conseguiu neutralizar quem lhe fazia frente, à medida que endurecia o autoritarismo do regime. Agora enfrenta nas ruas o maior desafio ao seu poder.

A larguíssima maioria dos partidos da Esquerda Europeia e o próprio "Partido" em si condenaram a fraude eleitoral, a repressão e manifestam-se a favor de uma solução pacífica que corresponda à autodeterminação democrática do povo da Bielorrússia. Isso não quer dizer validar sanções da União Europeia, que, aliás, no seu seio tem muito com que se preocupar com o avanço da extrema-direita e dos Orbán. Artigo de Luís Fazenda.

Luís Fazenda

Neste artigo, Jorge Martins resume a história e o contexto político da Bielorrússia do início da Idade Média até à independência, com enfoque especial nas últimas três décadas dominadas pelo regime de Lukashenko.

Jorge Martins

Entrevista com Irina Solomatina, ativista feminista e participante frequente nas manifestações. Solomatina é a Chefe do Conselho da Organização das Mulheres Trabalhadoras da Bielorrússia (desde Maio de 2019) e co-autora do livro “Ativismo das mulheres na Bielorrússia: Invisível e Intocável" (em russo), juntamente com Victoria Schmidt.

A reação das instituições internacionais e europeias de direitos humanos não tem sido proporcional à magnitude da crise. Artigo de Kanstantsin Dzehtsiarou.