O contrato de serviço público dos CTT está prestes a terminar, “até ao final deste ano” e “não há informação muito concreta sobre o que é que o governo quer fazer após o final deste contrato” diz a deputada bloquista Isabel Pires que complementa: “já foram feitas algumas declarações de que é preciso negociar e que estão estudar as formas de negociar o próximo contrato mas concretamente ainda não se sabe nada”.
Esta é a primeira das razões que leva o Bloco a interpelar, no próximo dia 12 de março, o governo. O Bloco quer saber “o que virá daqui para a frente” na empresa.
Uma segunda razão para questionar o governo é porque “é preciso perceber de uma vez por todas qual a posição do governo relativamente aos CTT enquanto empresa pública”. O Bloco considera que a privatização dos CTT “foi um erro tremendo, continua a ter consequências muito negativas para as populações” e ao nível da “coesão territorial”.
As declarações que o governo tem tido sobre esta matéria não são esclarecedoras sobre o que o executivo pensa relativamente à participação do Estado na empresa. Já a posição do Bloco sobre a matéria é clara: o partido defende a “nacionalização dos CTT”.
Portanto, diz Isabel Pires, o Bloco interpela o governo para que se passe a conhecer qual a sua proposta concreta do governo para os CTT: “se quer que volte a ser uma empresa estratégica do Estado ou se quer manter, como tem sido até agora”. E agora, pensa a deputada, temos uma empresa que está “a ser desmembrada pelas sucessivas administrações, com a venda ao desbarato de património, algum dele património histórico, com ataques aos trabalhadores e com encerramento de estações de correios”.
Para o Bloco a empresa deve “voltar a ser uma empresa totalmente pública, que responda cumprindo o dever que tem com as populações.”