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Greve de três dias na British Airways

Avião da British Airways parado no aeroporto de Heathrow, Londres - Foto da LusaOs tripulantes de cabina da transportadora aérea britânica começaram às zero horas deste Sábado uma paralisação, a primeira desde há 13 anos, que obrigou à suspensão de 1.100 voos.

12 mil tripulantes de cabina da British Airways estão em greve entre 20 e 22 de Março e têm marcada outra greve de quatro dias, entre 27 e 30 de Março.

Os trabalhadores lutam contra o congelamento de salários, a redução de pessoal nas rotas de longo curso e a eliminação de 1.200 postos de trabalho, pretendidos pela administração.

A empresa teve de suspender 1.100 voos dos 1.950 programados para estes três dias de greve.

Tony Woodley, secretário geral do sindicato Unite, que convocou a greve, disse ter ficado decepcionado com o falhanço das negociações nesta Sexta feira e declarou que "a British Airways quer guerra com o sindicato".

A administração justifica as medidas como uma questão de sobrevivência, salientando que nos últimos três trimestres de 2009 teve perdas no montante de 380 milhões de euros, antes de impostos. O sindicato admite a redução dos custos da empresa, mas discorda das medidas tomadas pela administração e acusa-a de não ter negociado previamente.

O primeiro ministro britânico, Gordon Brown, pronunciou-se sobre a greve, através de um porta-voz, dizendo que deve ser cancelada, pois "não tem nenhum interesse e só vai causar inconvenientes aos passageiros".

A British Airways prevê que os sete dias de greve possam custar 105 milhões de libras (118 milhões de euros) à empresa. Caso o conflito não se resolva até 30 de Março, o sindicato Unite admite a convocação de novas paralisações para depois de 14 de Abril.

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