“Esta é a data em que processo começa, e isso está sujeito a condições”, afirmou David Petraeus numa entrevista à televisão norte-americana NBC, explicando que a retirada pode não acontecer logo nessa altura, pois para que este processo avance, será necessário assegurar certas condições, que serão determinadas pela situação no terreno, e não pela política em Washington.
Na mesma entrevista, citada pela Lusa, o líder das forças norte-americanas e internacionais no Afeganistão, desde a saída do general Stanley McChrystal, afirmou que se reserva o direito de dizer ao presidente dos EUA que a data que tem apontado para a retirada das tropas é prematura.
"O que o presidente quer mesmo de mim, e do que falamos na sala oval, é a responsabilidade de um líder militar no terreno dar o seu melhor conselho militar profissional, e deixar a política para ele", afirmou Petraeus.
David Petraeus reafirmou ainda que capturar, ou matar, o líder da Al-Qaeda (grupo responsável pelo 11 de Setembro), Osama Bin Laden, continua um dos principais objectivos das forças militares norte-americanas e para "todos os que estão empenhados na luta contra o terrorismo em todo o mundo".
David Petraeus lidera há cerca de dois meses uma força de 142 mil soldados do exército norte-americano e da NATO, que tenta actualmente forçar a saída dos talibãs da sua base na província de Kandahar, no sul do Afeganistão.
O general de quatro estrelas entrou a 30 de Junho para o lugar deixado vago pelo general Stanley McChrystal, que foi exonerado por Barack Obama depois de uma entrevista em que criticou fortemente as políticas de Washington relativas à estratégia no Afeganistão.
O número total de soldados estrangeiros mortos na guerra no Afeganistão ultrapassou a barreira simbólica dos 2000
Segundo os números mais recentes publicados no site especializado independente icasualties.org, 2002 soldados das forças internacionais destacadas no Afeganistão foram mortos desde o início da invasão norte-americana em 2001.
Desde o início do ano foram mortos 434 soldados da força internacional, enquanto em 2009 o número de vítimas mortais foi de 521.
