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Universidade do Porto não reconhece os seus precários
Segundo os números avançados pelo Bloco, na Universidade do Porto, no âmbito do PREVPAP, foram avaliados 243 requerimentos, 173 dos quais de docentes e investigadores. Destes últimos, apenas cinco foram aprovados, o que corresponde a 3%.
O partido considera que este baixo número de regularizações de situações de trabalho precário “resulta de uma opção da Universidade do Porto que não reconhece o valor e importância dos seus recursos humanos, alguns deles com uma ligação à instituição de vários anos”.
Isto seria ainda “prejudicial” à “capacidade da Universidade do porto se estabelecer como uma referência internacional na investigação”, mas “sobretudo gravosa para as vidas e famílias dos investigadores precários”.
Para chumbar a vinculação dos precários, os responsáveis pela Universidade usaram o pretexto de que os 51 Centros de Investigação em que estes investigadores e bolseiros ocupam funções permanentes são associações sem fins lucrativos. O Bloco contrapõe que pertencem à Universidade, que têm direções nomeadas pelo Reitor, que constam dos seus estatutos tem nela sede.
Por isso, o partido considera a forma como a Universidade do Porto está a tratar a maioria destes trabalhadores como “um desrespeito à lei e aos próprios trabalhadores em causa.”
Luís Monteiro realça a duplicidade de critérios: “quando assinam artigos científicos e publicações” a direção da Universidade considera que são da UP, “mas para efeitos de integração da carreira, a UP já não é responsável por eles”. Ou seja, quando “os precários da UP garantem o sucesso da Universidade para o Senhor Reitor se vangloriar com os resultados dos rankings. Fora isso, é gente que não interessa.”
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