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Universidade do Porto não reconhece os seus precários

A Universidade do Porto chumbou 97% dos requerimentos de precários no PREVPAP. O Bloco requereu a audição do reitor desta instituição no Parlamento. Luís Monteiro diz que “os precários da UP garantem o sucesso da Universidade para o Senhor Reitor se vangloriar com os resultados dos rankings. Fora isso, é gente que não interessa.”

Segundo os números avançados pelo Bloco, na Universidade do Porto, no âmbito do PREVPAP, foram avaliados 243 requerimentos, 173 dos quais de docentes e investigadores. Destes últimos, apenas cinco foram aprovados, o que corresponde a 3%.

O partido considera que este baixo número de regularizações de situações de trabalho precário “resulta de uma opção da Universidade do Porto que não reconhece o valor e importância dos seus recursos humanos, alguns deles com uma ligação à instituição de vários anos”.

Isto seria ainda “prejudicial” à “capacidade da Universidade do porto se estabelecer como uma referência internacional na investigação”, mas “sobretudo gravosa para as vidas e famílias dos investigadores precários”.

Para chumbar a vinculação dos precários, os responsáveis pela Universidade usaram o pretexto de que os 51 Centros de Investigação em que estes investigadores e bolseiros ocupam funções permanentes são associações sem fins lucrativos. O Bloco contrapõe que pertencem à Universidade, que têm direções nomeadas pelo Reitor, que constam dos seus estatutos tem nela sede.

Por isso, o partido considera a forma como a Universidade do Porto está a tratar a maioria destes trabalhadores como “um desrespeito à lei e aos próprios trabalhadores em causa.”

Luís Monteiro realça a duplicidade de critérios: “quando assinam artigos científicos e publicações” a direção da Universidade considera que são da UP, “mas para efeitos de integração da carreira, a UP já não é responsável por eles”. Ou seja, quando “os precários da UP garantem o sucesso da Universidade para o Senhor Reitor se vangloriar com os resultados dos rankings. Fora isso, é gente que não interessa.”

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