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Uniself tirou dez dias de salário a trabalhadores de hospitais

Segundo o sindicato da Hotelaria do Sul, a empresa concessionária do serviço de refeições dos hospitais de Portalegre e Elvas descontou esta verba por ocasião da passagem da concessão entre empresas.
Hospital distrital de Portalegre. Fonte: Ministério da Saúde.
Hospital distrital de Portalegre. Fonte: Ministério da Saúde.

O Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Sul lançou esta semana um comunicado no qual acusa a Uniself de ter descontado dez dias de salário a um grupo de trabalhadoras do serviço de refeições (do refeitório, bar e alimentação de doentes) dos hospitais Dr. José Maria Grande de Portalegre e de Santa Luzia de Elvas.

Em junho deste ano, a concessão destes serviços mudou, tendo a ITAU sido substituída pela Uniself. O sindicato recorda que, “em termos legais e regulamentares” e de acordo com a convenção coletiva do setor, o acerto de valores a realizar é pago “diretamente e proporcionalmente” entre as concessionárias. A exceção são os subsídios de férias, natal e o salário do mês relativo à mudança de concessionária. E foi aí que o problema começou.

De acordo com o sindicato da Hotelaria do Sul, “numa primeira tentativa a empresa pretendeu “roubar” ao não deixar gozar 10 dias de férias, mas teve de recuar, porque as férias são irrenunciáveis, logo não as pode retirar”. A seguir, “não satisfeita e de má-fé”, escrevem, descontaram os dez dias de trabalho relativo ao mês de novembro.

O sindicato critica tal atitude “num momento delicado e atípico devido ao Covid-19” e “numa época festiva” com a comemoração de “valores solidários”. “Como prenda de Natal a pretensão é abotoar-se com 10 dias de trabalho do trabalhador”, dizem.

Os trabalhadores reclamam ainda que solicitaram uma primeira reunião mas a Uniself “nem se dignou a responder, para discutir diversas matérias elencadas num Caderno Reivindicativo, entre elas esta situação” e numa segunda tentativa “respondeu que estas matérias não dizem respeito à empresa, mas sim à AHRESP”.

À Lusa, a empresa diz que “pagou a todos os trabalhadores” os valores proporcionais a salário, subsídio de férias e férias desde que assumiu, em junho, a concessão destes estabelecimentos hospitalares e que a quem tinha férias por gozar “foi-lhes garantido o direito de as usufruir, cumprindo todos os procedimentos legais, sendo que os proporcionais relativos ao período de janeiro a maio são da responsabilidade do anterior concessionário”.

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