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Trabalhadores do Pingo Doce exigem aumento salarial e respeito pelos horários
No comunicado, a CGTP relembra que os trabalhadores do Pingo Doce com “5, 10, 15 20 ou mais anos de antiguidade recebem pouco mais que o salário mínimo nacional” e define o caderno reivindicativo dos trabalhadores do Pingo Doce, do grupo Jerónimo Martins, para 2021.
Reivindicam nomeadamente um aumento salarial de 90€, correspondente a três euros por dia, para todos os trabalhadores sem discriminações, “fazendo o caminho para que o salário mais baixo na empresa atinja os 850€ a curto prazo. Referem também o aumento do subsídio de alimentação em 1€ por dia, e “para todos os trabalhadores”.
Em terceiro lugar, exigem o “respeito pelo direito à conciliação entre a vida profissional e a vida pessoal e familiar, cumprindo as regras para a organização dos horários e de trabalho”, nomeadamente o fim da desregulação e das alterações diárias aos horáros; o “fim imediato do banco de horas grupal”; e o encerramento ao domingo e feriados dos estabelecimentos Pingo Doce.
Estas reivindicações sucedem-se a um ano onde a Jerónimo Martins ostensivamente manipular um referendo interno aos trabalhadores que permitiu à empresa impor o banco de horas grupal, e diferenciar salários e condições de trabalho entre trabalhadores através de negociações individuais onde o trabalhadores não têm força negocial.
Em abril deste ano, a Jerónimo Martins retirou um dia de descanso semanal aos trabalhadores,
e houve denúncias de abusos do banco de horas. Já este mês de novembro, anunciou que a maioria das suas lojas Pingo Doce passariam a abrir às 6h30 ao fim-de-semana, com o argumento de que queriam evitar a concentração de pessoas durante a manhã, devido às limitações de circulação, mas sem compensação para os trabalhadores.
Depois das críticas públicas, incluindo do Bloco de Esquerda, a Jerónimo Martins recuou nestsa intenção.
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