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Trabalhadores do Lusitana-restauração protestam contra salários em atraso

102 trabalhadores do grupo não recebem há três meses. Sócio-gerente da empresa diz que não tem dinheiro para pagar, já pediu insolvência e comprometeu-se a passar declarações para trabalhadores receberem subsídio de desemprego.
Protesto de trabalhadoras e trabalhadores do grupo Lusitana-restauração junto ao ministério do Trabalho, 23 de junho de 2020 – Foto Nuno Fox/Lusa
Protesto de trabalhadoras e trabalhadores do grupo Lusitana-restauração junto ao ministério do Trabalho, 23 de junho de 2020 – Foto Nuno Fox/Lusa

Trabalhadoras e trabalhadores do grupo de restauração Lusitana protestaram esta terça-feira contra os salários em atraso, junto ao ministério do Trabalho em Lisboa. O grupo inclui as cervejarias Lusitana dos centros comerciais Colombo e Vasco da Gama, em Lisboa, e a pastelaria Arcádia, em Évora e empregava 102 pessoas, que trabalharam até 18 de março, mas o último salário que receberam foi o de fevereiro. Até esta terça-feira não tinham conseguido que a empresa lhes prestasse sequer as informações necessárias.

Segundo a Lusa, enquanto decorria o protesto realizou-se uma reunião entre representantes do sindicato e da empresa no ministério do Trabalho.

No final da reunião, Miguel Ribeiro, do sindicato dos trabalhadores na indústria da Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Sul, declarou à Lusa:

“O sócio-gerente da empresa disse-nos que não tem dinheiro para pagar os salários em atraso e que já pediu a insolvência, por isso pedimos-lhe que passasse as declarações para que os trabalhadores possam requerer o subsídio de desemprego para poderem subsistir”.

“Não sabemos o que vai acontecer, por isso o nosso objetivo é garantir aos trabalhadores algum meio de subsistência pois muitos deles já estão a passar dificuldades”, acrescentou Miguel Ribeiro, referindo que o responsável do grupo Lusitana se comprometeu a passar as declarações e a facultar os documentos relativos ao pedido de insolvência apresentado no Tribunal Judicial de Évora.

O sindicato aguardará a declaração de insolvência e, então, requererá os créditos dos trabalhadores.

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