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Portway ameaça com despedimento coletivo trabalhadores que recusem rescindir contrato
O Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil (Sintac) afirma que a empresa de ‘handling’ Portway ameaçou aos trabalhadores que poderia avançar com um despedimento coletivo, caso as rescisões por mútuo acordo não atinjam os objetivos que pretende.
A Portway terá apresentado o programa de rescisões por mútuo acordo durante uma reunião no passado dia 17 de julho, noticia a agência Lusa. Apesar de ter beneficiado dos apoios estatais no período de layoff que se estende até agosto, na reunião de julho a empresa apresentou um programa de saídas voluntárias por mútuo acordo, perante o impacto da pandemia de covid-19, tentando evitar "outras medidas mais penalizadoras" para os trabalhadores, a avançar no próximo mês.
Agora, o Sintac acusa a empresa de colocar aos trabalhadores uma “situação de escolha impossível” em que “ou aceitam as condições impostas pela empresa para a sua saída até ao dia 31 de agosto ou são ameaçados imediatamente de que o seu nome irá constar numa futura lista de despedimento coletivo a realizar em outubro deste ano”.
A Portway alega que está apenas a “investir” na na modalidade de rescisões por mútuo acordo e que “só no final de agosto se podem fazer balanços”, recusando-se a prestar declarações à Lusa sobre um eventual despedimento coletivo.
Os sindicalistas lembram que a Portway recorreu a “apoios estatais durante o período de lay-off”, pretendendo agora avançar “com um despedimento coletivo, lançando assim várias centenas de trabalhadores no desemprego” para “esvaziar a empresa e adquirir no futuro novos trabalhadores com contratos precários e poucos direitos”.
O Sintac pede assim a “intervenção e supervisão do Governo e da Segurança Social” para evitar que “centenas de trabalhadores” fiquem no desemprego “tudo isto mesmo depois de terem financiado estas empresas durante meses e pondo à sua disposição ainda mais ajudas no futuro”.
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