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ISCTE estuda comportamentos sexuais de risco

O estudo Prevent2Protect tem como objetivo “melhorar a saúde sexual das pessoas através da prevenção” indica o coordenador da investigação.
Preservativos. Foto de robertelyov/Flickr.

Uma equipa, liderada por um grupo de investigadores do ISCTE, vai analisar os comportamentos sexuais em Portugal e Espanha com o objetivo de compreender o que está a aumentar as relações de risco e de apresentar soluções para diminuir os casos de infeções sexualmente transmissíveis.

Este projeto, intitulado Prevent2Protect: Motivational determinants of consistent condom use, foi um dos quinze projetos que ganhou financiamento da Fundação La Caixa no concurso Social Research 2020 ao qual concorreram 768 projetos.

Num comunicado do Instituto Universitário de Lisboa, o coordenador da investigação explica que “os comportamentos de risco continuam a aumentar”, havendo estudos relativos a estes dois países que mostram um aumento de 7% para 34%, entre 2002 e 2008, do número de adolescentes que optaram por ter sexo sem preservativo. Um comportamento que não é exclusivo desta faixa etária, uma vez que 34% dos adultos nacionais que tiveram sexo com parceiros casuais nos últimos meses também o fizeram.

Para o doutorado em Psicologia Social, há “uma baixa aposta na prevenção durante as relações sexuais” e devemos encontrar as razões para isso uma vez que o "o uso mais consistente do preservativo pode fortalecer a saúde sexual da população e ajuda a controlar a propagação de infeções sexualmente transmissíveis ".

Rodrigues pensa tratar-se de “um grave problema de saúde pública e que merece uma profunda reflexão”. Por exemplo, "Portugal tem sido um dos cinco países europeus com uma taxa mais elevada de novos casos de VIH" e o país da União Europeia com o maior número de diagnósticos tardios de sida.

Em três estudos diferentes, o Prevent2Protect vai inquirir cerca de mil pessoas. Um dedicar-se-á às razões que levam as pessoas a usar preservativo ou não, outro quer compreender como a perceção do risco associada a não usar preservativo pode determinar comportamentos de saúde sexual, o terceiro quer determinar se as motivações focadas na segurança levam a um uso mais consistente de preservativo ao longo de seis meses e se isso acontece por existir consciência das implicações de saúde que podem surgir com a ausência de preservativo.

Pretende-se através das conclusões “formular políticas públicas, fornecer recomendações baseadas em evidências para implementar comportamentos sexuais seguros e, também, aumentar a consciencialização sobre a saúde sexual” vinca o especialista.

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