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Exploração de gás natural aumenta tensão entre Turquia e Grécia

Erdogan diz que não fará cedências e está disposto a “fazer o que for necessário” para garantir os direitos da Turquia nas águas do Mediterrâneo Oriental. Grécia deu início a exercício militar em mar alto com a ajuda de França, Chipre e Itália.
Oruc Reis, o navio de prospeção da Turquia.
Oruc Reis, o navio de prospeção da Turquia. Fotografia de Turkish Defence Minister Press Office/EPA/Lusa.

A disputa entre a Turquia e a Grécia pelas fronteiras marítimas e direito de exploração de gás natural no Mediterrâneo Oriental tem vindo a aumentar. Esta manhã a Grécia deu início a um exercício militar a sul da ilha grega de Creta, localizada no Mediterrâneo Oriental, que se irá prolongar até sexta feira. O exercício foi feito com o apoio de França, Itália e Chipre.

O presidente da Turquia não tardou a reagir, afirmando que o país não irá “fazer concessões sobre o que nos pertence, estamos determinados a fazer o que for preciso”, citou hoje a Aljazeera.

Envolvida no conflito em declarado apoio à Grécia está a França, cujo presidente apelou a Erdogan para que travasse a exploração de gás natural e petróleo naquele local.

No Twitter, a ministra francesa das Forças Armadas Florence Parly escreveu que “o Mediterrâneo Oriental está a tornar-se numa zona de tensão. O respeito pelo direito internacional deve ser a regra e não a exceção”.

A tensão surgiu quando a Turquia colocou um navio de prospeção na zona disputada, escoltado pela Marinha de Guerra de Ancara. A Grécia reagiu com o envio de navios de guerra, alertando que aquele navio se encontra na sua placa continental, sendo do país os direitos exclusivos de potenciais depósitos de gás e petróleo.

“A Grécia defenderá a sua soberania”, afirmou Nikos Dendias, ministro dos Negócios Estrangeiros grego. “A Grécia defenderá as suas fronteiras nacionais e europeias. Não tem outra escolha que não fazê-lo”.

Ainda em declarações públicas sobre a matéria, Erdogan ameaçou a Grécia, aconselhando-a a “evitar erros que serão o caminho para a ruína”.

Um dia antes destes exercícios terem começado, a Alemanha tentou mediar o conflito através do seu ministro dos Negócios Estrangeiros.

Nas negociações, o ministro turco ter-se-à referido à Grécia como “uma criança mimada que tem apoio incondicional da União Europeia”.

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