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Em 2019, os dez mais ricos do país ficaram ainda mais ricos na bolsa
Os ganhos em bolsa dos mais ricos do país estiveram em alta o ano passado. As contas foram apresentadas esta segunda-feira pelo Jornal de Negócios. A soma dos ganhos dos dez mais ricos ascende, pelo menos, a 2502,26 milhões de euros.
A lista está repleta dos nomes já conhecidos. E não apresenta surpresas. Pedro Soares dos Santos, gestor da Jerónimo Martins, é quem mais ficou a ganhar. A valorização da sua empresa foi de 44% num ano, gerando ganhos potenciais na ordem de 1,6 mil milhões de euros. Somando a isto dividendos obtém-se o valor 1722 milhões de euros.
Champalimaud é outro apelido que se esperaria ler numa destas listas. Manuel Champalimaud, gestor dos CTT privatizados, viu a sua empresa ganhar 8% num ano. A sua mais-valia potencial foi de 5,96 milhões de euros.
Altri, Cofina e Ramada são outro polo empresarial em destaque na bolsa lisboeta. Sobretudo através de três figuras. Paulo Fernandes, Co-CEO da Altri e CEO da Cofina, ganhou 10,2 milhões. João Borges de Oliveira, acionista das três empresas, ganhou 11,1 milhões. Ana Mendonça, da Promendo, ganhou 21,3 milhões. Nestes casos, os empresários perderam com a Ramada e a Cofina mas a empresa de papel Altri compensou essas perdas.
Também na área do papel, a Semapa, que detém a Navigator, valorizou na bolsa. Filipa Queiroz Pereira que é agora a figura de destaque desta família teve mais-valias na ordem dos 69,2 milhões.
A família Amorim, detentora de outro filão tradicional da economia portuguesa, a cortiça, também aumentou a fortuna em bolsa. Paula Amorim, gestora da Galp Energia e acionista da Corticeira Amorim, viu as suas empresas valorizarem-se em 351,87, tendo a Galp rendido 56,3 milhões de euros e a Corticeira Amorim 26,9 em dividendos, o que gera um total de 435 milhões de euros.
Por sua vez a Mota-Engil valorizou 16% em 2019. Isto significa que a posição do presidente da empresa, António Mota, cuja família de 64,68% da empresa, aumentou em 40,7 milhões de euros. Somando-se os 11,4 milhões de euros em dividendos, o resultado são 52,1 milhões de euros.
Paulo Azevedo, o sucessor de Belmiro de Azevedo à frente da Sonae ganhou 130,1 milhões de euros. O que não quer dizer que todo o universo Sonae tenha tido um bom ano: Sonae Capital e Sonae Indústria registaram perdas mas o balanço final continuou a ser bastante positivo.
Da lista faz ainda parte a empresária angolana Isabel dos Santos. Antes de um 2020 que se avizinha difícil, a filha de Eduardo dos Santos ganhou na Bolsa de Lisboa no ano passado 45,3 milhões de euros. Isabel dos Santos marca presença, nomeadamente, na Galp Energia e na Nos.
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