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Em 2019, os dez mais ricos do país ficaram ainda mais ricos na bolsa

Contando apenas com os ganhos em bolsa, os dez mais ricos do país enriqueceram 2502,26 milhões de euros em 2019. Segundo as contas apresentadas pelo Jornal de Negócios, todos os principais grupos económicos do país ficaram a ganhar.
Letreiro da Euronext NYSE em Lisboa.
Letreiro da Euronext NYSE em Lisboa. Outubro de 2014. Foto de Manuel de Almeida/Lusa.

Os ganhos em bolsa dos mais ricos do país estiveram em alta o ano passado. As contas foram apresentadas esta segunda-feira pelo Jornal de Negócios. A soma dos ganhos dos dez mais ricos ascende, pelo menos, a 2502,26 milhões de euros.

A lista está repleta dos nomes já conhecidos. E não apresenta surpresas. Pedro Soares dos Santos, gestor da Jerónimo Martins, é quem mais ficou a ganhar. A valorização da sua empresa foi de 44% num ano, gerando ganhos potenciais na ordem de 1,6 mil milhões de euros. Somando a isto dividendos obtém-se o valor 1722 milhões de euros.

Champalimaud é outro apelido que se esperaria ler numa destas listas. Manuel Champalimaud, gestor dos CTT privatizados, viu a sua empresa ganhar 8% num ano. A sua mais-valia potencial foi de 5,96 milhões de euros.

Altri, Cofina e Ramada são outro polo empresarial em destaque na bolsa lisboeta. Sobretudo através de três figuras. Paulo Fernandes, Co-CEO da Altri e CEO da Cofina, ganhou 10,2 milhões. João Borges de Oliveira, acionista das três empresas, ganhou 11,1 milhões. Ana Mendonça, da Promendo, ganhou 21,3 milhões. Nestes casos, os empresários perderam com a Ramada e a Cofina mas a empresa de papel Altri compensou essas perdas.

Também na área do papel, a Semapa, que detém a Navigator, valorizou na bolsa. Filipa Queiroz Pereira que é agora a figura de destaque desta família teve mais-valias na ordem dos 69,2 milhões.

A família Amorim, detentora de outro filão tradicional da economia portuguesa, a cortiça, também aumentou a fortuna em bolsa. Paula Amorim, gestora da Galp Energia e acionista da Corticeira Amorim, viu as suas empresas valorizarem-se em 351,87, tendo a Galp rendido 56,3 milhões de euros e a Corticeira Amorim 26,9 em dividendos, o que gera um total de 435 milhões de euros.

Por sua vez a Mota-Engil valorizou 16% em 2019. Isto significa que a posição do presidente da empresa, António Mota, cuja família de 64,68% da empresa, aumentou em 40,7 milhões de euros. Somando-se os 11,4 milhões de euros em dividendos, o resultado são 52,1 milhões de euros.

Paulo Azevedo, o sucessor de Belmiro de Azevedo à frente da Sonae ganhou 130,1 milhões de euros. O que não quer dizer que todo o universo Sonae tenha tido um bom ano: Sonae Capital e Sonae Indústria registaram perdas mas o balanço final continuou a ser bastante positivo.

Da lista faz ainda parte a empresária angolana Isabel dos Santos. Antes de um 2020 que se avizinha difícil, a filha de Eduardo dos Santos ganhou na Bolsa de Lisboa no ano passado 45,3 milhões de euros. Isabel dos Santos marca presença, nomeadamente, na Galp Energia e na Nos.

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