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É o momento oportuno para implementar as 35 horas, defende CGTP

No momento em que o Governo apresenta o plano de contingência que vigorará a partir de 15 de setembro, e pede às empresas de Lisboa e Porto que reorganizem os horários dos trabalhadores para evitar aglomerações, a intersindical põe em cima da mesa as 35 horas de trabalho semanais.
Foto de Paulete Matos.

Isabel Camarinha defende que as medidas relativas aos horários de trabalho “têm que ser tratadas com negociação em cada local de trabalho e com cada representante” dos trabalhadores. “Existem direitos, contratos coletivos e uma organização de horários que têm de ser respeitados”, avançou a líder da CGTP em declarações ao jornal Público. Isabel Camarinha frisou ainda que é necessário assegurar o direito dos trabalhadores a conciliar a vida profissional e familiar e ter horário regulado.

De acordo com a secretária-geral da intersindical, “estas questões têm de ser negociadas”, sendo que “não se pode pressionar os trabalhadores para aceitarem qualquer coisa”.

“A proteção de saúde é muito importante, mas não pode ser a qualquer preço, tem de ser com revindicação”, acrescentou.

Para Isabel Camarinha, “a redução do horário de trabalho para as 35 horas poderá ser uma forma de alterar os horários dos trabalhadores sem os prejudicar”. Esta é, aliás, uma das medidas que já constava do programa reivindicativo da CGTP para 2021.

Maior sindicato alemão defende semana de 4 dias para proteger emprego

Em entrevista publicada a 15 de agosto no Sueddeutsche Zeitung e citada pela Reuters, Jörg Hofmann, líder do IG Metall, que conta com 2,3 milhões de filiados nos setores da metalurgia e eletricidade, propôs negociar a implementação da semana de quatro dias de trabalho por forma a proteger o emprego dos efeitos causados pela crise pandémica.

"A semana de quatro dias (...) poderá possibilitar manter os empregos industriais em vez de os extinguir", assinalou Hofmann.

O representante do IG Metall referiu ainda que esta redução do horário semanal não deve implicar redução dos salários e que as empresas têm vantagens em optar pela redução de horário em vez de recorrer ao layoff, conseguindo manter os trabalhadores qualificados e poupar em custos redundantes.

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