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Doentes oncológicos fora da primeira fase de vacinação, associação protesta

A Liga Portuguesa Contra o Cancro espera que o governo reconsidere e chama a atenção para que não se descurem os cuidados de saúde necessários para combater o cancro.
Corredor de Hospital. Foto de Paulete Matos.
Corredor de Hospital. Foto de Paulete Matos.

Em comunicado divulgado esta sexta-feira, a Liga Portuguesa Contra o Cancro lamentou que os doentes oncológicos, e especialmente aqueles que têm a doença ativa, não tenham sido incluídos na primeira fase da campanha de vacinação para a Covid-19.

Na primeira fase deste plano de vacinação, os grupos definidos como prioritários são as pessoas com mais de 50 anos com patologias associadas, residentes e trabalhadores em lares e profissionais de saúde e de serviços essenciais.

A associação insta o governo a reconsiderar esta situação, esperando ser ainda possível que os pacientes em maior risco sejam incluídos na primeira leva de pessoas a serem vacinadas. À rádio Renascença, o seu presidente, Vítor Rodrigues, considera que era “perfeitamente viável” alterar a decisão. Ao mesmo tempo revela “extrema preocupação” porque “os doentes oncológicos, mais uma vez, foram postos de lado”. Segundo ele “os doentes oncológicos são, talvez, os que têm sofrido mais” com a pandemia e “têm sido esquecidos”.

Por isso, a LPCC insiste ainda que o combate a esta doença tem de continuar a ser prioritário, não podendo ficar em segundo plano em relação à crise pandémica. À Lusa, o presidente da instituição sublinhou que “é fundamental o acesso aos cuidados de saúde, à qualidade do tratamento e seguimento, e é necessário melhorar o apoio social ao doente e seus familiares e cuidadores. O apoio é também determinante no dia-a-dia do sobrevivente, seja no apoio social, emocional, económico, seja em fases mais tardias da doença, sobretudo quando o doente mais dependente necessita de cuidados de proximidade”.

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