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Cimeira Ibérica: Manifestantes exigem encerramento de Almaraz

Pedro Soares, deputado do Bloco de Esquerda, criticou a ausência de Almaraz na Cimeira Ibérica efrisou que “era bom que se preocupassem com a proteção civil em caso de acidente na central nuclear de Almaraz".
Manifestação "Cerrar Almaráz y todas las démas"
Manifestação "Cerrar Almaráz y todas las démas"

Ativistas e deputados ambientalistas realizaram hoje uma manifestação, à margem da Cimeira Ibérica, onde exigiram o encerramento da central nuclear de Almaraz.

Sob as palavras de ordem “Cerrar Alamaraz y todas las démas”, os cerca de 30 os manifestantes juntaram-se esta manhã na praça do município de Vila Real com cartazes onde se podia ler “Portugal contra a central de Almaraz”. Dois dos ativistas, vestidos de barris nucleares, tinham a mensagem “Basta de poluição”.

Nuno Sequeira, dirigente da Quercus, afirmou que a concentração “pretende simbolicamente iniciar a cimeira ibérica que vai decorrer mas, onde infelizmente, o tema Almaraz e energia nuclear não foi colocado na ordem de trabalhos”.

E acrescentou, “Achamos que é lamentável e não é aceitável, uma vez que este tem sido um dos temas mais recorrentes ao longo do último ano nas relações entre Portugal e Espanha e, uma vez que esse tema não está na ordem de trabalhos, estamos nós próprios aqui a lançá-lo”.

A manifestação, convocada pelo Movimento Ibérico Antinuclear (MIA), pretendia marcar o primeiro dia de trabalhos da cimeira luso-espanhola. Francisca Blanco, ativista do MIA, declarou à agência Lusa que “nem os espanhóis nem os portugueses querem mais energia nuclear, mais resíduos nucleares e mais indústria desse tipo. Não queremos. Portugal demonstra ao povo espanhol que pode viver perfeitamente com energias renováveis. Pode-se viver sem energia nuclear e com energias renováveis”.

Pedro Soares, deputado do Bloco de Esquerda, frisou que “era bom que se preocupassem com a proteção civil em caso de acidente na central nuclear de Almaraz (…), era uma questão fundamental que estivesse presente nos debates desta cimeira”.

José Luís Ferreira, dirigente do Partido Ecologista “Os Verdes”, fez questão de reafirmar a oposição ao prolongamento da central nuclear e exigir ao Governo português uma “posição muito clara e firme” sobre Almaraz.

A central nuclear fica situada junto ao rio Tejo, na província de Cáceres, em Espanha, a cerca de 100 quilómetros da fronteira com Portugal.

É por isso, segundo Nuno Sequeira, a central que mais perto está de Portugal e aquela que mais impactos pode ter no nosso país no caso de acontecer um acidente.

A concentração dos ambientalistas e ativistas visa também exigir que os governos Português e Espanhol tomem “medidas no sentido de colocar em marcha o encerramento de Almaraz, na data que está determinada, em 2020”.

A central nuclear fica situada junto ao rio Tejo, na província de Cáceres, em Espanha, a cerca de 100 quilómetros da fronteira com Portugal. Para Nuno Sequeira, "a central que mais perto está de Portugal e aquela que mais impactos pode ter no nosso país no caso de acontecer um acidente. Queremos aproveitar simbolicamente a cimeira para chamar a atenção dos governantes e da opinião pública para este problema que consideramos muito grave e que está a ser repetidamente ignorado por Portugal e por Espanha, com a conivência de Bruxelas”, salientou.

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