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Chumbos: socialmente injustos, regionalmente assimétricos e caros
Os chumbos já não são o que eram, mas continuam a ter as mesmas funções sociais. O relatório anual do Conselho Nacional de Educação, intitulado "Estado da Educação 2017", mostra que a medida de retenção de alunos atingiu no ano passado o número mais baixo da última década. Ainda assim, Maria Emília Brederode dos Santos, presidente do CNE, considera que a percentagem de recurso a esta medida continua a ser "mais alta do que deveria ser e mais alta do que nos outros países".
A especialista em educação alega que a medida é "cara e ineficaz" e apresenta como alternativa o exemplo da tutoria por pares. A este propósito, Brederode dos Santos critica ainda a existência do 2º ciclo, uma "originalidade portuguesa", assinalando que nas transições deste ciclo há um aumento de retenções.
O estudo mostra que os chumbos incidem principalmente sobre estratos socioeconómicos mais baixos, que atingem mais os rapazes do que as raparigas e que são mais comuns em regiões como o baixo Alentejo.
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