A sessão, intitulada “Liberdade para os presos políticos catalães”, contou com a presença confirmada dos deputados Isabel Pires (Bloco de Esquerda) e Tiago Barbosa Ribeiro (PS), do politólogo André Freire e do historiador Fernando Rosas.
Da Catalunha, vieram ainda Augustí Colomines, historiador; Ferran Civit, deputado da Esquerda Republicana da Catalunha e líder regional do partido em Tarragona; Natália Sànchez, deputada da Candidatura de Unidade Popular; e Adrià Alsina, Secretário nacional da organização cívica Assembleia Nacional Catalã.
Esta intervenção foi de encontro à da deputada Isabel Pires, que afirmou que “estamos a falar de um processo político que está a ser tratado como um caso de polícia”, reiterando a sua solidariedade para com a situação da Catalunha.
Tiago Barbosa Ribeiro criticou a “violência sem limites” e “uma justiça que se substitui à política”. O deputado considera que “tudo isto demonstra uma enorme tentativa de subjugar e de humilhar” e que “se Madrid se comporta desta forma, como ocupante em relação a uma parte do seu país, é normal que essa parte se sinta ocupada e resista com os meios que entenda adequados”.
Adrià Alsina, Secretário nacional da organização cívica Assembleia Nacional Catalã, disse que “o objetivo da aliança nacional e agora também do tribunal supremo nunca foi resolver crimes; o objetivo é dar medo aos que ficam aqui de fora, aos cidadãos, aos ativistas, a todas as pessoas que possam duvidar do poder do Estado”.
Fernando Rosas defendeu o direito de os catalães escolherem “o seu destino e o direito à autodeterminação”. “Se a constituição do estado espanhol não o reconhece, é preciso dizer que, mesmo que ela tenha sido aprovada democraticamente, uma constituição aprovada democraticamente pode ter disposições que não são democráticas e, se a constituição espanhola não reconhece o direito à intervenção, nesse aspeto não é uma constituição democrática”.