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Bloco defende limitação da plantação de eucalipto

No passado domingo, dia 20, em Coimbra, o Bloco de Esquerda promoveu o Encontro Nacional sobre Políticas para a Floresta, onde teve lugar um participado debate sobre a floresta, seus problemas e possíveis soluções.
A iniciativa ocorreu num ambiente muito construtivo e com a participação de vários intervenientes de diversas origens, competências, percursos, experiências e conhecimentos. Estiveram presentes engenheiros florestais, agrícolas, investigadores em ordenamento do território, sociólogos, activistas dos baldios, proprietários florestais, dirigentes associativos e cidadãos/ãs interessados nas questões da floresta.
A floresta ocupa grande parte da superfície do território continental, cerca de 35%. Conjugada com a área de matos e pastagens, que cobre aproximadamente 32%, e com as terras ocupadas com atividades agrícolas, sensivelmente 24%, percebe-se facilmente a importância destes territórios no contexto nacional, cerca de 91% da superfície continental, caracteristicamente rurais e de baixa densidade demográfica.
A importância da floresta não decorre apenas da sua muito significativa dimensão em área, mas também da sua relevância ambiental, económica e social.
A principal caraterística fundiária da floresta é a da propriedade privada em sistema de minifúndio, principalmente no norte, centro e Algarve, com cada pequeno ou médio proprietário a possuir várias pequenas parcelas dispersas.
O quadro rural é ainda marcado por uma área de baldios acima dos 400 mil hectares. Esta propriedade comunitária, pelas suas características, poderá vir a ser determinante num processo de reordenamento e gestão florestal intimamente ligado à vida das comunidades.
A partir das opiniões manifestadas, juntamente com os contributos recebidos de vários especialistas durante o período que antecedeu a iniciativa, resultou a consensualização de um documento apresentado pelo Grupo de Trabalho da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural do Bloco de Esquerda, disponível na íntegra em anexo.
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Comments
Defender a Limitação da Plantação de Eucalipto
A importância da floresta e a sua limitação da plantação de eucalipto será um dos factores para as boas Políticas da nossa Floresta .
Mas...... até se limitar a plantação de eucalipto deverá levar muitos anos certamente , pois existem grandes interesses por "fora" que irão por sua vez "contornar" ou forçar a leis a seu favor .
Deixo aqui como exemplo um caso recente sobre uma Plantação de Eucalipto feita junto ás margens de uma Lagoa que faz fronteira com o Pinhal De Leiria , considerada Patrimonio Natural englobada numa zona de rezerva Natural .
O Plano Regional de Ordenamento Florestal (PROF) do Centro Litoral considera o Eucalyptus globulus, mais conhecido como eucalipto- comum, como “uma das espécies a privilegiar” em ações de arborização dando, o exemplo da zona em Lagoa da Ervedeira , uma zona considerada PATRIMÔNIO NATURAL e inserida no PDM de Leiria , a autorização concedida para uma plantação de eucaliptos nas margens deste espelho de água, localizado no Coimbrão, concelho de Leiria.
O ICNF alega que a ação de arborização em causa “reúne os requisitos técnicos e legais aplicáveis” e “foi objeto de parecer favorável condicionado” emitido pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e pela Câmara Municipal de Leiria.
Resumindo esta é uma das muitas plantações ILEGAIS com parecer positivos pela parte das entidades reguladoras destas a instlação de eucaliptos na Lagoa da Ervedeira como em muitos outros locais por portugal inteiro é proibida!!! No caso da Lagoa da Ervedeira, basta ver o artigo 13º do PDM de Leiria para ver que esta é uma plantação Ilegal mas os "interesses économicos " estão primeiro .
Resumindo , espero que o B.E siga em frente com a limitação da plantação de eucalipto .
Cumprimentos :
Lagoa da Ervedeira
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