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Angelita, mulher trans brasileira, encontrada morta em Matosinhos

Desaparecida desde 1 de janeiro, Angelita tinha afirmado estar a ser vítima de ameaças. Ativistas LGBT exigem que a situação seja esclarecida e lembram a vulnerabilidade e violência a que as pessoas trans estão expostas.
Angelita Correia vivia em Portugal desde 2016.
Angelita Correia vivia em Portugal desde 2016. Fonte: Facebook.

Angelita Correia vivia em Portugal desde 2016 e estava desaparecida desde dia 1 de janeiro de 2021. O seu corpo foi encontrado a 11 de janeiro numa praia de Matosinhos, cidade onde morava. Na manhã de 2 de janeiro tinham sido encontrados alguns dos seus pertences, precisamente no areal da Praia de Matosinhos, onde viria mais tarde a ser descoberto o seu corpo.

Segundo a irmã, Suzana Alves Alcântara, a mulher tinha relatado estar a sofrer ameaças, embora não tivesse divulgado detalhes.

Angelita trabalhava como personal trainer e instrutora de dança e era casada desde 2018. Terá saído de casa a 1 de janeiro para se encontrar com uma amiga e não voltou a ser vista.

É com muita tristeza que comunicamos o falecimento de Angelita Correia, mulher trans brasileira. O corpo foi...

Posted by Queer Tropical on Monday, 11 January 2021

“À noite, eu vi uma notificação no Instagram dela fazendo uma live. Ela disse que estava sendo ameaçada, mas que não tinha medo. Em seguida, a live pausou. Minha sobrinha chegou a ligar para ela depois e contou que a Angelita estava muito nervosa, olhando para os lados e pedindo para ligar para o marido dela”, contou a irmã ao portal de notícias G1.

A família esclarece que esteve em contacto com a polícia portuguesa desde o dia do seu desaparecimento, estando a aguardar uma resposta do consulado português para saber se conseguirão viajar para Portugal devido à atual situação pandémica.

“As fronteiras estão fechadas. E se eu conseguir viajar, não sei se consigo voltar. Também não sei se vou conseguir trazer o corpo dela nessa situação e se o marido também vai autorizar”, contou.

Apesar dos contornos do ocorrido ainda não serem completamente conhecidos é impossível não pensar num crime de ódio. O...

Posted by Fabíola Neto Cardoso on Tuesday, 12 January 2021

Na sua conta de Facebook, a deputada bloquista e ativista LGBT Fabíola Neto Cardoso, lembrou que as pessoas trans, em particular as mulheres, continuam a ser uma população vulnerável e expostas a níveis de violência inadmissíveis.

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