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“Acabar com lay-off nos transportes é essencial”
Após uma reunião no Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, Catarina Martins referiu que a “situação não está ultrapassada”: “O surto pandémico em Portugal está estabilizado “mas continua cá e todas as precauções são necessárias”, apontou, defendendo que “a forma como chegamos ao outono depende de como reagimos agora”.
Realçando que cada pessoa individualmente "não pode resolver este problema por mais cuidados que tenha", a coordenadora bloquista afirmou que são precisas políticas públicas, sendo que as mesmas devem garantir a proteção de quem está mais vulnerável, ou seja, de quem está mais excluído, quem é mais pobre e vive em condições de sobrelotação, tem de usar mais transportes públicos e quem é mais precário e não pode faltar ao trabalho. Neste contexto, Catarina Martins defendeu a priorização de políticas públicas de habitação, transporte e trabalho.
De acordo com a dirigente do Bloco, temos ainda de assegurar a preparação e organização dos serviços públicos, reforçar a Saúde Pública e fazer mais testes.
Questionada sobre a possibilidade avançada pelo ministro Pedro Nuno Santos, em entrevista à TSF e ao Dinheiro Vivo, no sentido de acabar com as limitações na lotação dos transportes públicos, Catarina Martins destacou que não existem dados que nos permitam dizer que não há necessidade de manter as regras atualmente existentes.
A coordenadora bloquista sublinhou, por outro lado, que os transportes “não podem estar com menos oferta, têm de ter mais”. “Não precisamos de ter empresas de transportes em lay-off, acabar com isso é essencial”, frisou.
A ministra da Saúde assumiu uma posição diferente da de Pedro Nuno Santos.
Marta Temido lembrou que os transportes públicos são “espaços fechados de difícil arejamento” e que “há um risco, por si só, no uso destes transportes”, pelo que as limitações devem ser mantidas, “tal como acontece em vários outros países”.
Aumentar número de testes e diminuir preços
O presidente do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto destacou a importância de identificar casos positivos, isolá-los e garantir a sua monitorização.
Reconhecendo que Portugal é um dos países com maior número de testes por milhão de habitantes, Henrique Barros alertou, por outro lado, que é também um dos países onde a proporção de testes por cada caso positivo “ainda é excessivamente baixa”.
A necessidade de assegurar o planeamento da resposta à pandemia e de diminuir o preço, atualmente “excessivo”, dos testes são outras das prioridades apontadas pelo responsável.
Comments
Testes a 90 euros. O Estado
Testes a 90 euros. O Estado (exército) deveria substituir os laboratórios privados. Se muitos negócios podem perder receitas porque o mesmo não pode acontecer aos laboratórios?
Já que estou aqui, se muitos trabalhadores podem perder todo o seu rendimento porque não podem perder rendimento os senhorios? Se é aceitável os trabalhadores que perdem o seu rendimento recorrerem ao Banco Alimentar porque não é aceitável que os senhorios também tenham de o fazer? Ou seja, as rendas de casa deverão diminuir exactamente na mesma percentagem que a quebra de rendimento da família locatária.
Emergência é isso mesmo, emergência. Para grandes males grandes remédios.
Congelamento de uma percentagem X de TODAS as contas bancárias acima de Y até que a situação melhorar, se não melhorar paciência, pior seria um terramoto da magnitude do de 1755.
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