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Covid-19: Bloco pede instruções e regras vinculativas para laboratórios privados

José Manuel Pureza afirmou que “o país não compreende e não aceita que alguma inconsistência dos dados sobre casos reportados se deva a laboratórios privados”. O deputado reivindicou ainda o investimento na formação em Saúde Pública e medidas de alcance socioeconómico, que “combatem eficazmente a pandemia”.
O deputado do Bloco José Manuel Pureza. Foto de Paulete Matos.
O deputado do Bloco José Manuel Pureza. Foto de Paulete Matos.

“O país não compreende e não aceita que alguma inconsistência dos dados sobre casos reportados se deva a laboratórios privados. Nesse sentido, o Bloco entende que o Governo deve assegurar instruções e regras vinculativas a serem cumpridas pelos laboratórios privados para que a consistência dos dados seja um fator de segurança de todas as pessoas”, avançou o deputado no final da reunião no Infarmed.

José Manuel Pureza sublinhou a importância destes encontros “para a consolidação do conhecimento, que é a única forma de combater o eventual desânimo e o eventual alarme que possa surgir”. “O que temos hoje diante nós é uma realidade de dados que estão razoavelmente estabilizados, no que diz respeito ao número de infetados, de internamentos e de óbitos”, sublinhou o dirigente bloquista.

"Mas houve também nesta reunião menção à relevância de determinantes económicos e sociais da doença”, continuou, chamando a atenção “para o que foi sublinhado na reunião a propósito da importância dos movimentos pendulares, da sobrelotação dos alojamentos e da falta de alternativas para muita gente que não tem outra hipótese senão vir trabalhar para poder sobreviver”.

De acordo com José Manuel Pureza, “é esta realidade que exige, evidentemente, uma intervenção que vai além da saúde em sentido restrito”, sendo que em causa estão “medidas de alcance socioeconómico, porque elas combatem eficazmente a pandemia”.

“Neste sentido, aceitando que estas reuniões tenham hoje chegado ao fim de um ciclo, o Bloco entende que é muito importante que, no Parlamento, se continue a fiscalizar de forma muito rigorosa quer a pandemia quer as políticas que tenham sido ou venham a ser adotadas”, assinalou.

O deputado afirmou ainda que “fica claro que, quer no todo do país quer especificamente na região de Lisboa e Vale do Tejo, estamos hoje a pagar caro por um desinvestimento muito prolongado de sucessivos governos e de sucessivos responsáveis pela formação e pelo exercício da profissão médica na formação de quadros em Saúde Pública”.

“É fundamental inverter esse caminho” e “garantir a formação de quadros que, num futuro mais próximo possível, possam robustecer a capacidade de resposta do país”, rematou.

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