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614 pegadas de dinossauros descobertas na zona do Cabo Espichel

As pegadas terão cerca de 129 milhões de anos e constituem “o maior conjunto de pegadas de dinossauros do Cretácico em Portugal”, segundo Centro Português de Geo-História e Pré-História, que revelou a descoberta.
Cabo Espichel – Foto de Paulo Valdivieso/Flickr
Cabo Espichel – Foto de Paulo Valdivieso/Flickr

O Centro Português de Geo-História e Pré-História (CPGP) anunciou na passada quinta-feira, 28 de janeiro, a descoberta de 614 pegadas de dinossauros carnívoros e herbívoros na zona do Cabo Espichel, no concelho de Sesimbra. As pegadas terão cerca de 129 milhões de anos.

Em comunicado, citado pela agência Lusa, refere-se que: “Estas pegadas foram deixadas por dinossauros carnívoros (terópodes) e herbívoros (saurópodes e ornitópodes), de médias a grandes dimensões. Este é um conjunto monumental de pegadas que se distribui por uma área não muito grande”.

De acordo com o CPGP trata-se “do maior conjunto de pegadas de dinossauros do Cretácico em Portugal” e foram encontradas em diferentes camadas no topo de uma formação geológica datada do período Cretácico Inferior.

As pegadas ter-se-ão formado num ambiente litoral frequentado por um número “elevado de dinossauros herbívoros, que ali deixaram um intenso pisoteamento e que, provavelmente, usavam este local como zona de passagem entre áreas de pastos e onde possivelmente seriam perseguidos por dinossauros carnívoros que os pretendiam caçar”.

Ainda segundo o CPGP, “os estudos sobre este novo sítio com pegadas de dinossauro continuam em progresso, sendo que outras novidades integram um novo artigo que está em fase de finalização e em breve será submetido para publicação”.

O centro revela que já foi publicado um artigo científico sobre o achado na revista internacional “Journal of Geoscience and Environment Protection”. O trabalho científico tem como objetivo o registo de pegadas de dinossauros do Cretácico português, e envolve uma vasta equipa de paleontólogos e geólogos portugueses, espanhóis, franceses e brasileiros, liderada pelo paleontólogo Silvério Figueiredo.

“Este estudo enquadra-se no projeto de investigação do CPGP denominado 'Os Vertebrados do Barremiano do Cabo Espichel e o seu contexto Ibérico: implicações paleoambientais e paleogeográficas'”, que tem vindo a estudar esta região desde 1998 […]”, refere ainda o CPGP.

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