Isabel Pires

Isabel Pires

Dirigente do Bloco de Esquerda. Licenciada em Ciências Políticas e Relações Internacionais e mestranda em Ciências Políticas

Num ano de governo, o Governo do PSD/CDS conseguiu pegar num SNS já fragilizado e lançar o caos, para privatizar tudo o que conseguir. Perder o SNS é perder uma das principais conquistas que a democracia nos trouxe. Não deixaremos que esse dia chegue.

A história destas mulheres faz parte da história do país e é por isso que faz todo o sentido reconhecer-lhes dignidade no seu trabalho, com direitos e proteção social como outros trabalhadores.

Passados 18 anos, é hora de tirar o conservadorismo da lei e garantir um direito fundamental às mulheres. Se Portugal conseguiu dar um passo de gigante em 2007, não podemos, em 2025, ignorar que esse direito está a ser comprometido.

O lobby do Alojamento Local é forte e, como se viu no caso de Carlos Moedas, até merece a presença do presidente da Câmara em manifestações. A questão de fundo é que quem parece ter medo de dar a voz às pessoas são os mesmos que se eriçam sempre que se tenta defender o direito à habitação.

Das contra-reformas à rampa deslizante é um pequeno passo para o Governo PSD/CDS, mas uma mudança profunda no cenário político atual. O perigo das rampas deslizantes é exatamente este: são o convite à normalização parlamentar e institucional da extrema-direita.

O país não tem sido capaz de, apesar de algumas tentativas meritórias e avanços importantes, alterar significativamente a forma como nos deslocamos. Falta fiabilidade ao transporte público e conforto. Mas também faltam condições de trabalho dignas para quem nos transporta todos os dias.

O que nos diz o governo sobre o que virá daqui para a frente? Nada. Um governo vazio, frio, que se tenta manter à tona com manchetes mas que não tem nada para oferecer ao povo a não ser mais crise na saúde, mais crise na habitação, mais crise para quem trabalha.

Os debates sobre o direito à habitação não podem fugir à questão dos preços e de como controlar e baixar preços. É impossível ignorar as medidas de fixação e controlo de rendas, ou de limitações ao alojamento local.

Independentemente da plataforma digital, a luta por uma Palestina livre e pelo fim ao genocídio está viva e não irá parar por aqui.

Valorizar carreiras, pagar melhores salários, dar possibilidade real de evolução. Estas devem ser prioridades, veremos se de facto há vontade política para fazer acontecer.