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Zero acusa Governo de “atrasar” revisão de etiquetas energéticas

A Zero denunciou que o Governo "está propositadamente a impedir que os cidadãos europeus poupem dinheiro nas suas faturas energéticas", ao "atrasar" as propostas europeias para rever a etiqueta energética.

Num comunicado emitido este domingo e a que a Lusa teve acesso, a Zero- Associação Sistema Terrestre Sustentável refere que "Portugal está a procurar atrasar, pelo menos até 2023, as propostas do Parlamento Europeu para uma revisão urgente da etiqueta energética dos equipamentos".

A aquela organização diz ter tido acesso ao documento onde está a proposta do Governo português para o Conselho Europeu de "adiar a introdução da etiqueta energética revista", tendo ainda adiantado que acedeu igualmente a um documento do Conselho Europeu que revela "como esta proposta foi incorporada na posição oficial do Conselho antes das negociações tripartidas com o Parlamento Europeu sobre o assunto".

A Zero considera que a etiqueta de eficiência energética atual "é obsoleta" para produtos como frigoríficos, máquinas de lavar roupa e loiça, dado que "o pior modelo disponível tem a classificação A+, numa etiqueta com uma escala de A+++ a D", sendo o D a classificação mais baixa.

A critica é o facto de a etiqueta de alguns produtos "ter uma escala de A+++ a D e noutros, uma escala de A a G", o que gera "confusão entre os consumidores".

Reduzir custos de energia

Aquela associação ambientalista refere ainda que o objetivo da revisão das regras da etiqueta energética é promover "uma uniformização das classes de A a G" e que "Portugal é um dos países que está a “bloquear” a decisão, impedindo, desta forma, que os cidadãos europeus reduzam as suas faturas domésticas de energia nos próximos anos".

Com esta opção, "Portugal está a proteger os interesses de fabricantes retrógrados", permitindo assim que "continue instalada a confusão atual em volta da etiqueta energética europeia", o que "só promove a venda de equipamentos ineficientes, em vez de beneficiar os fabricantes mais evoluídos que precisam de uma nova etiqueta que evidencie o avanço tecnológico e a redução de consumo energético dos produtos", sublinha a Zero.

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